Os números, citados pela Associated Press (AP), constam do último censos norte-americano. De acordo com os dados, a típica casa norte-americana em que o chefe de família tem mais de 65 anos dispõe de um rendimento 47 vezes superior (170.494 dólares) ao disponível numa casa liderada por um norte-americano menor de 35 anos de idade (3.663 dólares).
O rendimento disponível é a soma do valor da casa, das poupanças, depósitos, acções e de património diverso como automóveis e barcos, a que é subtraído o valor de dívidas relacionadas com empréstimos, créditos, propinas e despesas de saúde. Para 37% dos agregados familiares compostos por menores de 35 anos, o resultado desta conta é nulo ou negativo. Ou seja, devem mais do que tudo aquilo que têm.
Ainda que seja natural que um indivíduo acumule património e obtenha um rendimento maior ao longo dos anos, essa tendência não explica a crescente desigualdade geracional detectada. É que o valor duplicou desde 2005 e quintuplicou nos últimos 25 anos. Ou seja, os jovens norte-americanos estão cada vez mais pobres, e os mais velhos estão cada vez mais ricos.
De acordo com a AP, o fenómeno é principalmente explicado pelo impacto da crise económica, que afectou com maior intensidade os mais jovens e fez disparar os níveis de desemprego entre os profissionais mais novos, que acumulam dívidas relacionadas com a casa, o ensino universitário e a saúde. Em sentido inverso, são os mais velhos que mais beneficiam de uma já de si parca rede norte-americana de segurança social e de assistência médica, e são aqueles que têm um maior património a gozar de um regime fiscal mais simpático.
Fonte: SOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário