União Democrática Cristã aprova moção que torna possível um país abandonar o euro, situação “proibida” à luz dos tratados europeus.
O partido da chanceler alemã, a União Cristã Democrática (CDU), aprovou hoje uma moção que permite que os estados-membros da zona euro abandonem a união monetária, sem que isso implique a exclusão da União Europeia a 27.
A resolução, que precisa da aceitação dos dois parceiros da coligação de Merkel antes de ser efectiva e integrar a política europeia do governo alemão, faz parte da estratégia da chanceler no sentido de uma maior ligação política e de regras orçamentais mais exigentes dentro do conjunto da União Europeia, numa altura em que vários países da zona euro estão em ‘apuros'.
"Não estamos a excluir ninguém", argumentou hoje o ministro das Finanças, Wolfgang Schauble numa entrevista no congresso nacional da CDU, em Leipzig. "Mas se um país não consegue suportar o fardo ou não quer, e o povo grego tem de suportar um elevado fardo, então temos de respeitar a decisão do país", acrescentou o governante alemão.
No mês passado, Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, levantaram pela primeira vez a hipótese de um país abandonar a zona euro, quando disseram que o referendo ao plano de resgate internacional à Grécia, sugerido por George Papandreou, na altura ainda primeiro-ministro grego, iria equivaler, na prática, a uma votação sobre a permanência da Grécia na zona euro.
Várias têm sido as vozes que têm sugerido que a Grécia abandone a zona euro, como solução para a crise de dívida. Outras tantas, sobretudo dentro da Comissão Europeia e do BCE, têm descartado por completo essa hipótese.
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