terça-feira, 15 de novembro de 2011

Alemanha: Partido de Merkel abre caminho a saídas do euro

Merkel quer uma maior integração da zona euro, o que aumenta as hipóteses de a Grécia abandonar o euro.
União Democrática Cristã aprova moção que torna possível um país abandonar o euro, situação “proibida” à luz dos tratados europeus.

O partido da chanceler alemã, a União Cristã Democrática (CDU), aprovou hoje uma moção que permite que os estados-membros da zona euro abandonem a união monetária, sem que isso implique a exclusão da União Europeia a 27.

A resolução, que precisa da aceitação dos dois parceiros da coligação de Merkel antes de ser efectiva e integrar a política europeia do governo alemão, faz parte da estratégia da chanceler no sentido de uma maior ligação política e de regras orçamentais mais exigentes dentro do conjunto da União Europeia, numa altura em que vários países da zona euro estão em ‘apuros'.

"Não estamos a excluir ninguém", argumentou hoje o ministro das Finanças, Wolfgang Schauble numa entrevista no congresso nacional da CDU, em Leipzig. "Mas se um país não consegue suportar o fardo ou não quer, e o povo grego tem de suportar um elevado fardo, então temos de respeitar a decisão do país", acrescentou o governante alemão.

No mês passado, Merkel e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, levantaram pela primeira vez a hipótese de um país abandonar a zona euro, quando disseram que o referendo ao plano de resgate internacional à Grécia, sugerido por George Papandreou, na altura ainda primeiro-ministro grego, iria equivaler, na prática, a uma votação sobre a permanência da Grécia na zona euro.

Várias têm sido as vozes que têm sugerido que a Grécia abandone a zona euro, como solução para a crise de dívida. Outras tantas, sobretudo dentro da Comissão Europeia e do BCE, têm descartado por completo essa hipótese. 

Mesmo depois da moção hoje aprovada pela CDU passar a integrar a política do governo de Merkel, a Alemanha ainda teria de convencer os parceiros europeus a aprovaram as alterações necessárias nos tratados em vigor para permitir que algum país abandone de facto a zona euro.

Fonte: Económico



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