17 de Setembro. A data que marca o nascimento de um protesto que, de início, não reunia sequer expectativas para ultrapassar um estado embrionário. Esta quinta-feira, 13 de Outubro, o embrião cresceu e começa a caminhar, com passos de gigante, para a fase adulta. A apenas quatro dias de completar um mês de existência, o «Occupy Wall Street» marca a agenda nos EUA.
As centenas que timidamente deram início ao protesto assistem agora aos milhares de pessoas que acampam diariamente não só em Nova Iorque, mas em quase 1400 cidades espalhadas pelo país, escreve o The Huffington Post. À quarta semana de protestos, são mensagens anti-capitalistas que perfazem as manchetes de aberturas de jornais e noticiários televisivos.
Na primeira semana de Outubro, as notícias ligadas ao movimento ocuparam sete por cento da agenda noticiosa nos media norte-americanos. Apesar de ainda fugaz, o facto foi destacado pelo New York Times. Fugaz mas significativo, ao mostrar que o «Occupy Wall Street» conseguiu a entrar nas tabelas e estatísticas da opinião pública na mesma semana em que aconteceram 'bombas' como a morte de Steve Jobs ou a conclusão do julgamento de Amanda Knox.
Imprensa primeiro, políticos depois
A terceira semana de protestos trouxe a desejada atenção mediática e, agora que está prestes a completar um mês nas ruas, o «Ocuppy Wall Street» começa a suscitar reacções políticas. Barack Obama deu o mote, ao simpatizar com os manifestantes quando questionado acerca do protesto. Assim, o presidente dos EUA deu o mote.
O comunicado foi acompanhado pelo anúncio de que a câmara nova-iorquina vai dar início a operações de limpeza no parque Zuccotti, local onde milhares de pessoas têm acampado diariamente.
Mais importante terá sido o «Estou presente» dado por Al Gore, antigo candidato presidencial que oficializou esta quinta-feira o seu apoio ao movimento. «Contem comigo entre aqueles que estão a apoiar e a festejar o movimento», vincou.
As repercussões políticas chegaram mesmo a ultrapassar fronteiras. O antigo presidente polaco, Lech Walessa, confirmou à Associated Press o seu apoio ao protesto, dando a conhecer que está a planear uma visita ao seu berço, em Nova Iorque, a escrita de uma carta endereçada a todos os manifestantes. «Temos que mudar o sistema capitalista», frisou.
Se ainda será cedo para falar em mudanças, não será exagerado dizer que o «Occupy Wall Street» já está, pelo menos, a agitar a sociedade norte-americana. Estará distante uma comparação com a Primavera Árabe?
Fonte: Sol
Fonte: Sol
Nenhum comentário:
Postar um comentário