terça-feira, 25 de outubro de 2011

Chinês acusado de homicídio involuntário pela morte de Yue Yue

Homicídio involuntário. Foi esta a acusação formal feita hoje a Hu Jun, um dos dois condutores que atropelaram mortalmente Yue Yue, de dois anos. Mais casos de "apatia social" na China começam a ser revelados.

Um homem de 24 anos foi acusado de homicídio involuntário pela morte de Wang Yue, a menina que perdeu a vida num duplo atropelamento, na China, e ao qual o Expresso online já havia feito referência. Hu Jun, nome avançado pela agência noticiosa Xinhua, é o primeiro dos dois condutores detidos a ser formalmente acusado.

O duplo atropelamento da criança, seguido de sete minutos em que, embora ensanguentada no chão, foi totalmente ignorada por quem passava por perto, acabou por ser fatal. Wang Weue, carinhosamente apelidada de Yue Yue, faleceu no hospital ao fim de uma semana.

As imagens, captadas pelas câmaras de vigilância do mercado de Foshan onde o acidente ocorreu continuam a correr mundo e a chocar a opinião pública, inclusive na China, onde se gerou a campanha "Pôr fim à Apatia". Os apelos à regeneração da moral e da solidariedade multiplicam-se.

Mulher violada também foi ignorada

Depois da morte dramática de Yue Yue, a campanha está a desencadear o despertar dos chineses para a vida individualista da sociedade local, e novas histórias de "apatia social" começam a surgir. Hoje, o diário "South China Morning Post", que se publica em Hong Kong, conta o caso de uma mulher violada em Dongguan e totalmente ignorada quando pediu ajuda, na província de Cantão, muito perto da cidade onde morreu a menina.

A mulher, uma emigrante do centro do país cujo nome foi mantido em segredo, foi abordada por um homem de cerca de 20 anos quando ia buscar a sua filha à escola. Além de violada, a mulher foi agredida com um tijolo e atada nas mãos, tendo sido abandonada à beira da estrada.

Sem forças, a vítima rebolou até ao meio da estrada na esperança de que alguém parasse em seu auxílio, mas diz ter ouvido passar muitos carros que não pararam, até que um homem, também emigrante, a socorreu.

O incidente aconteceu a 8 de outubro, cinco dias antes do atropelamento de Yue Yue, mas só agora foi conhecido porque os protagonistas falaram à imprensa, que alertada pelo caso da menina de dois anos procura agora todos os testemunhos de vitimas de ataques ou acidentes que ficaram sem ajuda.

Muitas pessoas apelam à criação de leis que castiguem a omissão de auxílio e há também quem sugira o regresso das tradicionais leis religiosas orientais, em que era valorizado a ajuda ao próximo e as boas ações.

Fonte: Expresso


Veja aqui o vídeo que chocou o mundo!

China: Criança é atropelada duas vezes e ninguém faz nada... Que mundo é este?

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