A seca verificada nos primeiros dois meses do ano causou um agravamento das infeções respiratórias, disse hoje à agência Lusa o vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), João Fonseca.
Tem-se notado um agravamento, em janeiro e inícios de fevereiro, dos sintomas brônquicos”, referiu o médico.
Segundo a mesma fonte, “a asma [registou] períodos de agravamento, não só associados a infeções, porque, de facto, foi um período mais intenso de infeções respiratórias e síndromes víricos do que é habitual”.
Como consequência da quase ausência de chuva, 68 por cento do território continental estava em seca severa em finais de fevereiro e 38 por cento em seca extrema, os dois níveis mais elevados deste fenómeno climático.
“Esta falta de chuva, principalmente, antecipou maiores quantidades de pólenes no ar, porque a chuva faz depositar no chão os pólenes, e, portanto, a ausência total de chuva piora um bocadinho os níveis polínicos do ar”, indicou.
Segundo o médico do Hospital de São João, no Porto, “períodos longos, no início da primavera, sem qualquer chuva vão agravar alguns sintomas, quer oculares, quer nasais, das pessoas que são alérgicas aos pólenes”.
“Agora basta chover um bocadinho, como aconteceu esta semana, para que o tempo seco até seja melhor para a maioria dos doentes alérgicos, desde que haja esses períodos intermitentes de alguma chuva para depositar os pólenes no chão”, sublinhou.
João Fonseca referiu ainda que “noutro tipo de alérgicos, nomeadamente aos ácaros e aos fungos, a falta de humidade também é positiva”.
No entanto, para o vice-presidente da SPAIC, “hoje em dia não é admissível haver sintomas quer estejam muitos pólenes, quer estejam poucos” no ar.
“Com tratamentos simples, mas adequados, principalmente de prevenção, seguramente que não há desculpas para que as pessoas andem mal", concluiu.
Fonte: Sapo Notícias
Fonte: Sapo Notícias
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