A ativista conservadora chinesa Tu Shiyou, conhecida como "Deusa da Virgindade", afinal, quer casar, "de preferência com um funcionário público comunista", mas põe como condição uma abstinência sexual nos primeiros três anos do matrimónio.
Ex-professora primária, de 38 anos, licenciada em jornalismo pela Universidade de Hubei, centro da China, Tu Shiyou tornou-se conhecida por ter criado um site defendendo "as virtudes da castidade".
Orgulhosa da sua virgindade, Tu Shiyou critica as jovens que têm relações sexuais antes do casamento e considera que "a entrega ao prazer sexual pode provocar a decadência de um país".
Numa entrevista publicada hoje pelo Diário de Cantão, Tu Shiyou revela que está à procura de um homem para casar, "de preferência também virgem", mas segundo o anúncio que difundiu através do Weibo, o Twiter chinês, os candidatos têm de satisfazer cinco requisitos.
O marido ideal, para ela, deve ser "um homem honrado", membro do Partido Comunista, "com emprego certo", menos de 40 anos de idade e um curso universitário.
Os divorciados estão excluídos e, naturalmente, não haverá sexo antes do casamento: nem antes nem nos primeiros três anos, que Tu Shiyou encara como "um período experimental".
"Se um homem conseguir preencher aquele requisito, isso significa que me ama verdadeiramente e que é sincero", declarou.
Quanto à preferência por filiados no Partido Comunista, Tu Shiyou diz que estes são "mais fiáveis".
Aparentemente, a resposta ao anúncio tem sido positiva: "Vários homens de toda a China manifestaram o seu amor. A maioria deles são excelentes cavalheiros. Estou agora a seleccioná-los e depois irei contactar com os que corresponderem aos meus padrões", contou a "Deusa da Virgindade".
Numa sondagem a 80 mil estudantes, de 10 cidades chinesas, 70 por cento dos inquiridos disseram "aceitar" a pratica de relações sexuais antes do casamento, indicou há duas semanas um jornal de Pequim, numa reportagem de duas páginas sobre o fenómeno Tu Shiyou.
A "Deusa da Virgindade" não está, contudo, sozinha.
No ano passado, uma delegada à Assembleia Nacional Popular, "o supremo orgão do poder de Estado", proclamou que "a virgindade é o dote mais precioso que uma rapariga pode dar à família do seu marido".
Em 2010, num inquérito online, oitenta por cento dos 160.000 homens que responderam disseram que gostariam de casar com uma mulher virgem e apenas 13 por cento concordaram que isso não interessava.
"É errado avaliar os padrões morais de uma mulher através da virgindade", disse um sexólogo chinês citado pelo jornal Global Times, criticando "as restrições impostas à sexualidade das mulheres".
Tu Shiyou defende, pelo contrário, que "uma mulher solteira que perde a virgindade pode corromper a moral da sociedade".
Fonte: DN.PT
Fonte: DN.PT
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