Augusto Ferreira do Amaral, advogado da empresa que vendeu o terreno da fábrica de pneus Firestone aos ingleses do Freeport confirmou esta terça-feira em tribunal ter tido uma conversa com o arguido Manuel Pedro onde este lhe confidenciou que o então ministro do ambiente, José Sócrates, exigiu o pagamento de 500 mil contos (2,5 milhões de euros) para aprovar o licenciamento do projecto.
"Em Janeiro de 2002, ele [Manuel Pedro] veio ao meu escritório e contou-me que tinha havido uma exigência por parte das autoridades portuguesas de uma entrega de dinheiro pelo Freeport. Ele estava escandalizado porque era uma quantia muito grande", explicou o advogado.
O também irmão do ex-ministro das Obras Públicas confirmou que seriam "500 mil contos". Segundo ele, foi questionando Manuel Pedro sobre quem era o destinatário do dinheiro.
"Perguntei-lhe se era para o director-geral, e ele dizia upa, upa. E eu disse-lhe então é para o secretário de Estado, e ele disse não, upa, upa." À juíza, Ferreira do Amaral diz lembrar-se perfeitamente "de ele ter dito José Sócrates".
Augusto Ferreira do Amaral, além de advogado, é amigo de Manuel Pedro há mais de duas décadas.
Fonte: Correio da Manhã
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