Uma investigação de uma revista francesa descobriu um filho a Hitler. O líder nazi terá engravidado uma jovem francesa durante a 1ª Guerra Mundial, em 1917. O jovem lutou contra as forças do pai, na segunda Grande Guerra, em 1940.
Jean-Marie Loret nasceu de pai incógnito em 1918, em plena Primeira Guerra mundial. Morreu em 1985, aos 67 anos, com a certeza de que era filho de Adolf Hitler, o líder do partido Nazi que levou a Europa para a 2ª Grande Guerra.
O suposto filho de Hitler fez parte das tropas francesas que lutaram contra os alemães na defesa da Linha de Magniot, durante a invasão nazi, que ocupou a França entre 1940 e 1944. Depois juntou-se à resistência francesa, com o nome de código "Clement", para combater o exército de Adolf Hitler.
A história de Jean-Marie Loret é contada pela revista francesa "Le Point", com base em "provas conclusivas", recolhidas na Alemanha e na França. A mãe, Charlotte Lobjoie, evitou revelar a identidade do pai e deu-o para adopção, no início dos anos 30, à família Loret.
Hitler nunca apadrinhou a criança, mas terá mantido contacto com a mãe. Só pouco antes de morrer, nos anos 50, Charlotte Lobjoie revelou ao filho o nome do pai biológico. "Para não ficar deprimido, trabalhei sem parar, nunca tirei férias ou arranjei um passatempo. Durante 20 anos, não fui sequer ao cinema", terá dito Jean-Marie Loret, que decidiu começar a investigar a história que a mãe lhe contou em meados dos anos 70.
As fotografias mostram uma grande semelhança entre filho incógnito e pai mundialmente conhecido. Jean-Marie contratou cientistas para provar que tinha o mesmo tipo sanguíneo e uma caligrafia semelhante à de Hitler.
Também pela veia artística de Hitler, um pintor reconhecido, se revelam pinceladas deste caso. No sótão de casa da mãe, Jean-Marie encontrou quadros assinados por Hitler; na Alemanha, foi descoberto um retrato de uma mulher muito semelhante a Charlotte Lobjoie.
Documentos oficiais da "Wehrmacht", o Exército Alemão, indicam que oficiais germânicos levaram envelopes com dinheiro a Charlotte Lobjoie, durante a Segunda Guerra mundial, mais de 20 anos após o alegado caso de Hitler com uma jovem francesa de 16 anos.
Adolf Hitler foi militar e lutou pela Alemanha na primeira guerra mundial. Numa das licenças, terá deixado as trincheiras perto de Seboncourt, no norte de França, para uns dias de folga em Fournes-in-Weppe, uma pequena localidade a oeste de Lille, onde conheceu Charlotte Lobjoie.
"Um dia, estava a apanhar feno com outras mulheres quando vi um soldado alemão do outro lado da rua", terá dito Charlotte, um dia, ao filho. O militar, Hitler, segundo a investigação do "Le Point", fazia desenhos num caderno, o que causou curiosidade entre as mulheres que o viam.
"Fui a designada para me aproximar dele", contou Charlotte Lobjoie. Assim começou um breve relacionamento do qual resultou a gravidez, numa noite de junho. Jean-Marie Loret nasceu em março de 1918. "Quando o teu pai estava cá, o que era raro, costumava levar-me a dar grandes passeios pelo campo", contou a mãe ao filho, desvelando traços de personalidade, agora, facilmente reconhecidos em Hitler.
"Esse passeios terminavam mal. Inspirado pela natureza, o teu pai fazia discursos que eu não percebia", terá dito Charllote ao filho. "Não falava em francês, apenas resmungava em alemão, para uma audiência imaginária", contou a mãe de Jean-Marie Loret.
Francois Gibault, advogado parisiense a quem Jean-Marie recorreu em 1979 pela primeira vez admite, ainda, que os filhos de Loret podem reclamar direitos de autor da venda de Mein Kampf (A Minha Luta), o manifesto nazi de Hitler que vendeu milhões de exemplares no Mundo.
Os filhos de Jean-Marie podem, ainda, beneficiar de um livro intitulado "O nome do teu pai é Hitler", escrito em 1981 por Loret e que agora deve ser republicado, provavelmente com mais sucesso, à luz destes novos elementos.
Fonte: Jornal de Notícias
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