As Finanças publicaram ontem as novas tabelas de retenção de IRS que vão vigorar este ano e que se aplicam já aos salários deste mês. Os trabalhadores por conta de outrem, a quem não tenha sido cortado o subsídio de férias e Natal, são os mais penalizados, com um agravamento médio da ordem dos 10% nos salários mais baixos. O aumento das retenções reflecte o efeito conjunto da redução nas deduções fiscais e da subida da taxa de inflação.
Com a nova tabela de retenção, um contribuinte solteiro que ganhe 726 euros vai ver descontados pela entidade patronal 39,93 euros - em vez de 36,3 euros - o que significa um aumento da taxa em 0,5 pontos percentuais para 5,5%, o que se traduz no total num agravamento do desconto de IRS de 10%. Já nos salários mais elevados (para um contribuinte também solteiro), superiores a 6.000 euros, as retenções sobem dois pontos percentuais para 32,5% (uma retenção de 132 euros).
As novas tabelas de retenção de IRS, ontem publicadas pelo Ministério das Finanças, prevêem ainda que contribuintes que perdem subsídio de férias e de Natal (Função Pública) vão descontar menos IRS mensalmente durante este ano. Segundo as Finanças, foram "aprovadas tabelas específicas para os trabalhadores dependentes abrangidos pela suspensão do pagamento de subsídio de férias e de Natal (...) garantindo, assim, a aplicação aos rendimentos auferidos por estes trabalhadores das taxas de retenção que correspondem ao respectivo rendimento médio mensal", lê-se na Circular emitida pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
Fonte Económico
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