terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Venezuela não irá suprir petróleo que Irão deixe de vender

O Governo venezuelano advertiu segunda-feira que não irá suprir o petróleo que o Irão eventualmente deixe de vender aos seus compradores tradicionais devido às sanções adoptadas contra o país devido ao seu programa nuclear.

«A Venezuela não tem intenção de suprir nenhum tipo de falta de abastecimento do Irão», indicou o ministro venezuelano do Petróleo e Mineração, Rafael Ramírez, cujo país é membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), tal como o Irão.

O mesmo responsável acrescentou que a Venezuela «não está de acordo com nenhuma actividade de bloqueio e de sanções contra nenhum país e muito menos contra um país irmão membro da OPEP».

Após a assinatura de uma série de acordos em Caracas com a China, Rafael Ramírez alertou que uma eventual agressão militar contra o Irão teria «consequências imprevisíveis» tanto no preço do petróleo como no abastecimento energético no mercado mundial.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou segunda-feira que vai começar a aplicar sanções a empresas internacionais que comprem petróleo iraniano a partir de 28 de Junho, como parte da sua estratégia de pressão sobre Teerão por suspeitas de que o país procura desenvolver armas nucleares.

O Tesouro dos Estados Unidos acrescentou, em comunicado, que a aplicação de sanções dependerá de Washington considerar que há uma oferta suficiente de petróleo por parte de outros países «para permitir uma redução significativa do volume de petróleo adquirido ao Irão».

A 23 de Janeiro, a União Europeia decidiu reforçar as sanções económicas contra o Irão e proibir a compra do seu crude a partir de 1 de Julho.

Já em Fevereiro o Ministério iraniano do Petróleo anunciou a suspensão da venda de crude a companhias da França e Reino Unido, considerando que foram esses países os promotores das últimas sanções financeiras e petrolíferas da União Europeia contra o Irão para que o país suspenda o seu programa nuclear.

A 15 de Fevereiro, o Ministério iraniano dos Negócios Estrangeiros convocou os embaixadores de Espanha, Itália, França, Grécia, Holanda e Portugal para comunicar as novas regras da venda de petróleo, numa reunião que a imprensa local interpretou como uma advertência de um eventual corte de fornecimento.

Fonte: Lusa/SOL

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