Uma equipa de paleontólogos descobriu um grupo de criaturas, extintas há centenas de milhões de anos, que chegaram a alcançar tamanhos inesperados e que sobreviveram à extinção do fim do Câmbrico, uma era geológica em que a vida ainda não tinha saído do mar.
Trata-se de um nova espécie do género Anomalocaris com mais de um metro de comprimento que foi encontrado no sudeste de Marrocos. Pensava-se até agora que este grupo teria desaparecido com a primeira grande extinção na Terra, no final do Câmbrico, mas afinal viveram até ao início do Ordovício, há menos de 30 milhões de anos atrás. O Anomalocaris(“camarão estranho) é um género extinto da família Anomalocaridae, que possuía uma estreita relação com os artrópodes.
Estas criaturas foram descobertas por uma equipa de investigadores liderada por Peter Van Roy, paleontólogo belga da Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut (EUA). Segundo este investigador, estes Anomalocaris são, sem dúvida, os maiores predadores carnívoros descobertos até agora. “Os tamanhos dos exemplares marroquinos colocam-nos no topo da cadeia alimentar na primeira fase do Ordovício, onde tiveram um impacto enorme sobre os ecossistemas. Este papel foi posteriormente assumido por outros grupos, tais como os Nautilóides e os Euriptéridos, que talvez tenham contribuído para o seu desaparecimento ", disse Van Roy.
Animais como os caranguejos, escorpiões, aranhas, centopeias, miriápodes, lagostas, insectos, etc, teriam nestes estranhos Anomalocaris os seus antepassados distantes.
Mas nos campos de Marrocos não foi só este o grupo que foi descoberto por Van Roy, tendo sido também localizados milhares de outros exemplos de corpos de invertebrados de entre 488 e 472 milhões de anos atrás, abrindo uma janela a uma fauna que até agora se conhece pouco.
Fonte: http://www.nature.com
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