Só na semana passada tiveram de ser destruídas cerca de duas mil toneladas de pepinos. Factura que o ministro António Serrano tenciona apresentar a Bruxelas.
Ministério da Agricultura deixa uma palavra de confiança aos consumidores nacionais e mostra-se indignado com a atitude da Rússia, que proibiu a importação de legumes frescos da União Europeia.
À Renascença, António Serrano mostra-se indignado coma a atitude russa, uma irresponsabilidade diz o Ministro da Agricultura. “Exagerada e não tem qualquer relação com a realidade, porque não é fundamentada em bases científicas. É uma medida cautela que prejudica todos os produtores – embora nós não exportemos, praticamente nada para a Rússia. Esta é uma mensagem de pânico”.
Apesar de não terem sido detectados casos da bactéria em Portugal, o certo é que os agricultores estão com dificuldades em escoar a produção de pepinos e já somam prejuízos avultados. “Só na semana que passou foram cerca e duas mil toneladas de produtos que não se conseguiu vender, à volta de dois milhões de euros”, contabiliza.
O ministro da Agricultura promete fazer um levantamento mais exaustivo dos prejuízos, na próxima semana, e apresentar a factura a Bruxelas.
O ministro da Agricultura aproveita para deixar uma mensagem de confiança, assegurando que os produtos portugueses, hortícolas e frutícolas, “não têm qualquer problema. Nós somos auto-suficientes na nossa produção. Não importamos”.
Mesmo sem casos suspeitos em Portugal, o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge está a investigar amostras de pepino produzido no país e no estrangeiro. Segundo apurou aRenascença, os primeiros resultados deverão ser conhecidos até ao final da semana. Entretanto, a ASAE mantém-se no terreno e até ao momento reteve cinco toneladas e meia de pepinos provenientes de Espanha.
Inicialmente, o surto infeccioso foi associado a pepinos espanhóis exportados para o território alemão. No entanto, uma responsável pela Saúde Pública em Hamburgo informou na terça-feira que os pepinos espanhóis não são a fonte do surto, que já provocou 17 mortes e mais de 1.400 contaminados na Alemanha e, pelo menos, uma vítima mortal na Suécia.
Fonte: Renascença
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