Consumidores mais pessimistas e maiores restrições no acesso ao crédito para compra de carro foram os culpados, segundo a ACAP.
A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) revelou hoje que venderam-se menos 23,6% veículos ligeiros de passageiros em Maio face a igual período do ano passado, o que corresponde à maior quebra desde o início do ano.
Foi o quinto recuo mensal consecutivo em relação ao período homólogo.
A ACAP justifica esta quebra com dois factores: agravamento dos indicadores de clima económico e confiança dos consumidores em Maio e condições de acesso ao crédito mais restritivas para financiamento de aquisição de automóvel.
"As expectativas dos portugueses sobre a situação financeira das famílias, a situação económica no país e a evolução da taxa de desemprego no país nos próximos doze meses registaram uma deterioração", lembra a associação.
Por outro lado, as maiores restrições na concessão de crédito conjugadas "com o fim dos incentivos ao abate de veículos e o aumento dos benefícios fiscais à importação de veículos importados usados, teve um impacto negativo no mercado de automóveis novos", refere ainda a ACAP.
No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, as vendas de ligeiros de passageiros não superaram as 74,7 mil unidades, menos 16% que em 2010, mostram os mesmos dados.
Também as vendas de comerciais ligeiros e de veículos pesados registaram quebras de 27% e 15,7% no mês passado, respectivamente, em termos homólogos.
Fonte: Económico
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