sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Maioria rejeita propostas para aumentar salário mínimo (PS abstêm-se na votação)

A maioria rejeitou esta sexta-feira as propostas de resolução do BE e do PCP para aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN), com o PS a abster-se na votação, defendendo uma discussão "séria" sobre o tema em sede de Concertação Social.

As propostas bloquistas e comunistas, que recomendavam ao Governo o aumento imediato do SMN para os 515 euros e uma nova subida em julho para os 545 euros, contaram com os votos contra do PSD e CDS-PP e a abstenção do PS.

"Não estamos no campo da demagogia nem do populismo nem das excitações parlamentares. Esta matéria deve ser discutida com seriedade e serenidade no espaço próprio que é o da Concertação Social. É aqui que deve ser conseguido um acordo para aumentar o Salário Mínimo Nacional", defendeu o deputado socialista Nuno Sá no plenário da Assembleia da República.

Pelo PSD, a deputada Teresa Santos lembrou a "extrema fragilidade" do mercado laboral, insistindo que o aumento "não é prioritário", nomeadamente porque representaria um aumento de custos para as empresas num contexto de crise económica.

Na mesma linha, Artur Rêgo, pelo CDS, lembrou que "aquilo que parece um pequeno aumento poderá, neste momento, pôr em risco a estabilidade financeira de muitas Pequenas e Médias Empresas", defendendo que o debate sobre esta matéria seja retomado num clima de recuperação da economia.

Entre os argumentos da esquerda para a necessidade imediata deste aumento está o combate à pobreza e a dinamização da procura interna, necessária às empresas numa conjuntura de contração do consumo.

Fonte: Correio da Manhã

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