Os peritos fizeram uma lista das dez maiores descobertas científicas do ano. Os investigadores russos participaram de forma ativa praticamente de todas elas, quer se trate da descoberta do bóson de Higgs, do pouso do veículo marciano Curiosity no Planeta Vermelhho ou da confirmação experimental do método de cálculo do movimento das galáxias, previsto ainda por físicos soviéticos.
No ano que finda não faltaram também descobertas puramente russas em mais diversas esferas do conhecimento, desde a física e química até à arqueologia.
As descobertas feitas por um único cientista são algo que já não existe. Hoje em dia exige-se o trabalho conjunto de vários centros científicos internacionais. Várias gerações de cientistas trabalharam para levar a cabo a maior realização do ano que finda, a descoberta do bóson de Higgs, a chave que permite compreender de onde vem a massa das partículas elementares. O doutor em ciências físico-matemáticas Vladimir Erokhin afirma que o Grande Colisor de Hádrons, no qual foi feita a experiência de descoberta da chamada “partícula do Deus”, é fruto do trabalho de muitos cientistas de diversos países do mundo.
"O bóson de Higgs é uma importante parte integrante da teoria padronizada de interações fundamentais admitida, hoje em dia, no mundo inteiro. As suas conclusões foram confirmadas por muitas experiências. A ciência moderna, e, especialmente, a física de partículas elementares, agora é exclusivamente internacional. Os resultados de qualquer experiência são realização não de uma, nem de dez pessoas, mas, sim, de centenas de cientistas. Ora, os investigadores russos têm dado uma grande contribuição para isto. Semelhantes descobertas não podem ser feitas com os esforços de um só país."
O bóson de Higgs, a descoberta do ano
O pouso do veículo marciano Curiosity no Planeta Vermelho também é fruto do trabalho de muitos cientistas. A água no planeta foi descoberta por um aparelho feito na Rússia. É de notar que o laboratório que produz este equipamento-prodígio já tinha participado de várias experiências globais.
A identificação do ADN do homem antigo, conhecido no mundo da ciência como “hominídeo de Denisova”, também foi obra de um grupo internacional de cientistas. Este hominídeo viveu no território da Rússia, na parte sul da Sibéria e na Ásia Central, há cerca de 50 mil anos. Os especialistas conseguiram identificar o ADN desta pessoa com a mesma precisão com que estabelecem o genoma do homem moderno.
As descobertas levadas a cabo em laboratórios russos foram igualmente importantes. Os cientistas conseguiram desvendar o maior mistério da água, ou seja, como uma molécula de H2 O conserva durante muito tempo a informação sobre os seres que viveram nela. Os especialistas qualificaram de sensacional também uma outra descoberta de farmacêuticos russos, que estabeleceram um fenômeno desconhecido até agora na natureza e que nem sequer tinha sido prognosticado cientificamente. Soube-se que as substâncias medicinais podem ser eficazes quando ministradas em doses super-baixas. Mas quanto menor é a sua concentração, tanto menor é o número de efeitos secundários para a vida dos pacientes. Isto quer dizer que em breve haverá algo de novo no tratamento do câncer.
A arqueologia também não ficou à margem. Uma expedição à República russa do Daguestão, no Norte do Cáucaso, conseguiu encontrar o mais antigo povoado no território da Rússia. A sua idade é de cerca de dois milhões de anos.
A ciência não está parada. O ano de 2013 promete trazer novas descobertas que talvez venham a mudar radicalmente o nosso conceito de determinados fenômenos ou, inclusive, do Universo em geral.
Fonte: Voz da Rússia
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