Administração da fábrica de Palmela propôs também um aumento salarial de 2,1% para os próximos dois anos.
A Autoeuropa anunciou esta terça-feira que vai parar nove dias até 1 de Março, apurou a Renascença.
Face à quebra de produção, a fábrica portuguesa da Volkswagen pôs em marcha os mecanismos de flexibilidade com os dias de não produção.
Em Janeiro são três dias de paragem, o primeiro dos quais já na sexta-feira. Em Fevereiro são mais cinco e em Março a fábrica pára no dia 1.
A Autoeuropa reduziu já, entretanto, a sua produção diária de 625 para 550 carros por dia. Um número previsto para este trimestre, mas que ainda pode baixar mais.
Por isso, tanto a administração como a comissão de trabalhadores anseiam por uma decisão da “casa mãe” na Alemanha e que possa destinar o fabrico de um novo modelo automóvel a Palmela.
A Autoeuropa não prevê fazer despedimentos este ano, mas há vários trabalhadores portugueses que podem ir para outras unidades do grupo a partir de Março, sobretudo para a fase de lançamento de produtos.
Proposta de aumento salarial
Apesar do momento menos bom, continuam as negociações salariais. A próxima reunião é esta quarta-feira e em cima da mesa está uma proposta da empresa de aumentos salariais de 2,1%, válida para dois anos, mas que a comissão de trabalhadores quer que ainda cresça.
Garantido está já o aumento de 1,36% retroactivo a Outubro, uma compensação decorrente do acordo e que se deve ao facto da inflação entre 2010 e 2012 ter sido superior a 5%.
Entretanto, no parque Industrial há empresas fornecedoras que não estão a conseguir reagir à quebra de produção na Autoeuropa. A Faureccia é uma delas e anunciou hoje a redução do efectivo em 69 trabalhadores, ainda assim menos do que os 92 inicialmente previstos. Os trabalhadores dispensados vão receber indemnizações de 1,5 salário por ano de antiguidade.
Fonte: Renascença
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