Lima pede para que "nunca se entre em contacto" com as comunidades indígenas que vivem isoladas do mundo exterior, depois da organização Survival International ter publicado novas fotos de índios "isolados" na Amazónia peruana.
Quer seja devido a risco de contaminação dos índios ou de uma eventual reação hostil, "recomendamos nunca tentar entrar em contacto com essas comunidades, que por uma razão ou outra se esforçam por se manter à parte" do mundo exterior, disse à AFP Mariela Huacchillo, quadro do Serviço Nacional das Zonas Naturais Protegidas.
A organização de defesa dos povos indígenas Survival difundiu as fotos de uma alegada família "isolada" de Mascho-piro, uma etnia de índios da Amazónia que vive no parque natural de Manu, na região peruana de Madre de Dios.
As fotos, segundo a organização não governamental, foram tiradas em "finais de 2011" pelo arqueólogo espanhol Diego Cortijo a mais de cem metros de distância, com recurso a um telescópio. Com o fotógrafo estava um indígena, que há 20 anos deixava utensílios ao grupo de indíos isolados, e que morreu vítima do disparo de uma flecha cinco dias depois, segundo o El Mundo.
Há um ano, a ONG tinha divulgado imagens de índios isolados na mesma região, mas do lado brasileiro. Segundo a Survival, os Mascho-piro "foram vistos anormalmente em várias ocasiões nos últimos meses", devido à exploração ilegal das florestas.
Huacchillo apelou a nunca deixar "alimentos, objetos, roupa de presente, como fazem por vezes os locais ou eventuais visitantes para incitar o contacto". Tal poderá transmitir alguma doença fatal aos índios, que não têm imunidade.
O Peru considera que há perto de 15 comunidade indígenas não contactadas na região amazónica. Segundo a Survival, há cem povos isolados em todo o mundo.
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