O prémio Nobel da economia diz que as economias ocidentais já estão numa nova Grande Depressão, embora ainda “não tão má como a dos anos 30”.
Na opinião do economista, "a Europa está completamente errada na forma como está a conduzir esta crise". Krugman, que falava à Reuters, diz que o actual momento é uma espiral e compara a política europeia a um médico medieval: "Está doente e ele vai sangrá-lo, e fica ainda mais doente e ele vai voltar a sangrá-lo. Não está a resultar".
Continuando com a analogia, o prémio Nobel diz não ter dúvidas de que Espanha e Itália estejam a "ficar mais doentes", e "nada do que está em cima da mesa neste momento parece ser capaz de inverter essa situação".
Paul Krugman durante a actual política da zona euro, baseada apenas em políticas de austeridade: "Se o BCE tivesse uma política expansionista e países com alguma folga fiscal, como a Alemanha ou a Holanda, estivessem dispostos a empreender uma política de estímulos, com a condição de os países em dificuldades continuarem com as medidas de austeridade, isso podia resultar.
Agora, quando a Alemanha também vai ter austeridade e o BCE vai subir juros à menor ameaça de inflação, isso é uma receita para o total fracasso". Krugman defende por isso que o BCE aumente o tecto da inflação para 4%.
O economista norte-americano faz ainda comparações com a Grande Depressão dos anos 30 e adianta que: "Pode perfeitamente acontecer nos EUA e na Europa o que aconteceu com o Japão. Foram 15 anos de recessão e quando estava finalmente a levantar-se foram atingidos por outra recessão".
Fonte: Económico
Fonte: Económico
Nenhum comentário:
Postar um comentário