A Sonae, liderada por Paulo Azevedo, pediu um estudo para medir os efeitos de uma eventual saída do País do euro.
A Sonae encomendou um estudo para perceber que impacto teria uma eventual saída de Portugal do euro, já que se multiplicam os sinais de que os líderes europeus podem não conseguir travar o alastrar da crise da dívida soberana. O estudo foi apresentado aos colaboradores da empresa, na reunião de quadros, há cerca de um mês.
Fonte oficial da Sonae adiantou ao Diário Económico que "a empresa não tem um plano B delineado, mas está a avaliar essa possibilidade e, nesse sentido, pediu a um reputado professor da Universidade Católica um estudo sobre os eventuais cenários e consequências de uma possível, mas não desejada, saída do euro".
O estudo realizado pelo professor universitário Ricardo Cruz enumera, entre outras coisas, as barreiras que países como Portugal e a Grécia teriam de enfrentar ao abandonar a moeda única. E quantifica os impactos que tal medida teria no ano da ruptura. No caso de Portugal, esse custo, estima a UBS, poderia variar entre 101,1 e 122,3 mil milhões de euros, ou seja, 60,1 a 72,8% do PIB, sendo o impacto ‘per capita' variável entre 9.500 e 11.500 euros ‘per capita'.
Mas o estudo vai mais longe e avança também com a possibilidade da própria Alemanha voltar a utilizar o marco alemão, um cenário que acarretaria custos elevados para o país de Angela Merkel. Assim, no ano de ruptura, a economia alemã teria de enfrentar um custo entre 490,8 mil milhões e 654,4 mil milhões de euros, cerca de 20,5 a 27,3% do PIB - o que significa que cada alemão teria um custo variável entre seis e oito mil euros.
Fonte: Económico
Fonte: Económico
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