É uma tendência que se vem acentuando desde há vários anos: os portugueses casam-se cada vez menos e divorciam-se cada vez mais. Em 2010, segundo as estatísticas demográficas do Instituto Nacional de Estatística (INE), realizaram-se 39.993 casamentos e 27.903 divórcios.
Quanto aos casamentos, o número verificado em 2010 dá uma taxa de nupcialidade de 3,76 casamentos por mil habitantes, o valor mais baixo de que há registo. Em sentido inverso, os divórcios decretados no ano passado consubstanciam uma taxa de 2,6 divórcios por mil habitantes, atingindo assim o valor mais alto desde 2002 – ano em que, fruto de uma alteração legislativa, se verificou a taxa mais alta desde que se fazem estas estatísticas (2,7 por mil habitantes).
De acordo com os especialistas, a tendência dos portugueses para se casarem menos e divorciarem-se mais não significa que a conjugalidade esteja em crise. Aliás, do total de casamentos celebrados no ano passado, 25,8 por cento referiam-se a segundos ou terceiros casamentos. Por outro lado, em quase metade dos casamentos (44,2 por cento) as pessoas já viviam juntas.
As estatísticas demográficas do INE apontam ainda para um ligeiro aumento dos bebés nascidos face ao ano anterior: 101.381 nados-vivos contra os 99.491 de 2009. Esta ligeira recuperação não inverte, porém, o saldo natural negativo que tem sido uma constante dos últimos anos. Em 2010, morreram 105.954 pessoas, o que, feitas as contas, dá um saldo natural negativo de 4.573 indivíduos.
Nos últimos dez anos, entre 2001 e 2010, a idade média da mulher ao nascimento de um filho aumentou de 28,8 para 30,6 anos. Paralelamente, a idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho passou de 26,8 para 28,9 anos. De resto, as mulheres de nacionalidade estrangeira residentes em Portugal reforçaram o seu peso nas taxas de natalidade: em 2001 foram responsáveis por 5,2 por cento dos nascimentos; em 2010l, esse valor aumentou para os 10,6 por cento.
Fonte: Público
Fonte: Público
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