terça-feira, 11 de outubro de 2011

Agentes do Corpo de Intervenção protestam contra cortes nos subsídios

Agentes do Corpo de Intervenção protestam contra cortes nos subsídios
Cerca de 60 elementos do Corpo de Intervenção da PSP concentraram-se esta segunda-feira junto às suas instalações, na Ajuda, vestidos com camisolas pretas, para protestar contra o corte do subsídio de serviço nas férias e baixas médicas.

Os elementos do Corpo de Intervenção (CI) começaram a concentrar-se às 17 horas, quando o grupo saiu do serviço.

Em causa está a não atribuição do suplemento especial de serviço no período de férias, baixas médicas e outras faltas ao serviço, passando o subsídio a ser pago apenas pelos dias de trabalho efectivo.

Todos os elementos da Unidade Especial de Polícia (UEP), onde está integrado o CI, recebem mensalmente cerca de 300 euros, sendo também atribuído um suplemento, com valor inferior, aos elementos da investigação criminal.

Além da concentração junto às instalações do CI, os polícias da UEP estão a realizar desde a semana passada levantamentos de rancho à hora do almoço e do jantar.

Os protestos, que surgiram de forma espontânea e não contam com a colaboração de qualquer sindicato, vão continuar durante a semana, sendo cancelados caso seja dado "um sinal positivo" por parte da direcção nacional da PSP e esta apresente "um plano razoável para resolver o problema" dos polícias.

Manuel Morais, vice-presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) e membro do CI, disse aos jornalistas que os polícias do CI estão "indignados" com os cortes no subsídio de serviço, suplemento que recebem desde a criação desta unidade.

"Só aplicam a lei naquilo que nos prejudicam", disse, adiantando que em princípio não serão aplicados os retroactivos, tendo a direcção nacional da PSP e o Ministério da Administração Interna "ultrapassado" essa questão, uma vez que os cortes entraram em vigor em Janeiro de 2010.

Manuel Morais garantiu que o serviço do CI não será prejudicado, apesar dos protestos. "Não queremos que a imagem da UEP seja beliscada, o que queremos é que se saiba que os polícias desta unidade estão infelizes, descontentes e não têm dinheiro para pagar as contas.

Por sua vez, Paulo Macedo, do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP) e polícia na UEP, explicou que o suplemento de polícia foi criado "para colmatar a falha" dos serviços remunerados, trabalho feito pelos polícias das esquadras fora do horário de trabalho.

"Os elementos da UEP não podem fazer (serviços) remunerados, logo têm direito a este suplemento", disse, adiantando que este subsídio já não é actualizado há muito tempo.

Segundo Paulo Macedo, os elementos da UEP têm uma disponibilidade muito maior e anualmente prestam provas para continuarem na unidade, factores que fazem a diferença com os polícias que trabalham nas esquadras.

"Um ordenado base de um polícia é muito baixo e ele sobrevive graças aos subsídios", sustentou.

A UEP é composta por cerca de 900 elementos, mais de 500 dos quais pertencem ao Corpo de Intervenção, sendo os elementos desta unidade os que mais têm protestado.

Os elementos do CI estão a manifestar a sua "indignação" desde a semana passada após terem tido conhecimento do despacho da Direcção Nacional da PSP sobre os cortes no subsídio de serviço.

Segundo os sindicatos, o despacho do director nacional da Polícia de Segurança Pública surgiu após um parecer da Procuradoria-Geral da República.

Fonte: Jornal de Notícias

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