terça-feira, 14 de agosto de 2012

Cão mata menina dentro de casa no centro do Porto

Cão mata menina dentro de casa no centro do Porto
"Banho de sangue" e "cenário horrendo": uma bebé morreu esta segunda-feira à tarde vítima de um cão que estava na mesma casa em que ela fora deixada para passar a tarde. A família, e a comunidade, estão em choque.

"Eu tentei, mas não consegui carregar a minha irmã Babi... Só consegui fugir para a casa de banho". As palavras são da menina de 8 anos que, ontem à tarde, viu a sua irmã de 20 meses, Bárbara, ser atacada, e morta, por um cão de grande porte, um dogue-argentino, no 1.o andar dum apartamento na Rua de Camões, Porto.

A irmã, cujo lamento foi reproduzido por uma vizinha, "muito chocada e toda a tremer", é uma das três testemunhas do ataque, que ocorreu pelas 16 horas na sala de estar.

Na altura dos factos, estavam ainda presentes a dona da casa, de nome Alexandra, que é amiga da família e ficou encarregue de tomar conta das duas crianças, mais a sua mãe. Esta, que é idosa e se desloca em andarilho, ainda terá tentado separar o cão da criança, usando o aparelho como arma, "mas já não conseguiu nada, coitadinha, está muito destroçada", diz a mesma vizinha, que pede anonimato. "A dona da casa não chegou a fazer nada, desmaiou e foi para o hospital".


Ataque durou segundos

"Que desgraça, foi um banho de sangue, Jesus!", diz outra vizinha, que pede também anonimato. "Havia sangue na sala, nos corredores, nas escadas, até a ambulância ficou toda manchada", diz a mulher. O cenário seria tão horrendo que "até os polícias e os auxiliares do INEM estavam chocados e comovidos".

Aconteceu tudo muito depressa: as crianças brincavam na sala e o cão estava fechado no terraço, que divide com outro dogue. Alguém se distraiu com a porta e um dos cães (só um atacou) avançou e abeirou-se das duas meninas. Por que razão atacou? A família não sabe e os donos do animal não quiseram prestar declarações, mas vizinhos dizem que "o cão estava a lamber a cara à menina, ela agarrou-lhe as orelhas e ele mordeu. E nunca mais largou".

Bárbara Sofia Sousa Vieira, que ia fazer a 1.ª comunhão no dia 25, "sofreu traumatismos vários que provocaram hemorragias abundantes, resultando em paragem cardiorrespiratória", disse fonte do Hospital de S. João. A mãe, que é empregada de café, e o pai, técnico da Meo, ficaram em estado de choque. O canil municipal recolheu o cão.

Fonte: Jornal de Notícias

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