O vice-presidente da coligação do governo alemão, Michael Fuchs, sugeriu hoje que a Grécia deve sair da zona euro voluntariamente, caso falhe na adoção das reformas exigidas pelos credores internacionais.
em entrevista ao jornal 'Handelsblatt', Fuchs afirmou que prefere que Atenas se mantenha no euro e sublinhou que Berlim não pode forçar a Grécia a sair da moeda única europeia.
"Mas, estou a trabalhar sobre o pressuposto de que o governo grego sabe o que tem de fazer se não conseguir, ou não quiser cumprir as reformas exigidas", afirmou, considerando que a Grécia tem de cumprir todas as contrapartidas exigidas pela 'troika' (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional).
Em excertos desta entrevista divulgados durante o fim-de-semana, o governante alertou que a Alemanha vai vetar uma nova ajuda à Grécia se Atenas não cumprir na íntegra os termos acordados com a ‘troika’ no âmbito do pacote de resgate financeiro, mesmo que outros países decidam fazê-lo.
De acordo com o Michael Fuchs, a Alemanha está preparada para recorrer ao seu poder de veto, caso entenda que a Grécia não está a cumprir o acordado com os credores internacionais.
“Podem citar-me: mesmo que o copo esteja meio cheio, isso não é suficiente para que haja um novo pacote de ajuda”, afirmou o membro do governo de Angela Merkel, acrescentando que “a Alemanha não pode nem deve concordar com essa possibilidade”.
Fuchs disse que o parlamento alemão não vai aceitar conceder ao Mecanismo de Europeu de Estabilidade (MES) uma licença bancária para que este fundo de resgate possa financiar-se diretamente junto do Banco Central Europeu.
"Se o MES tivesse uma licença bancária poderia refinanciar-se junto do BCE sem qualquer controlo ou legitimação pelos parlamentos nacionais", explicou.
Fonte: Diário Digital / Lusa
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