Pessoas que vivem sozinhas têm maior risco de morrer por doenças relacionadas com o álcool e acidentes. Das 18.200 mortes relacionadas ao álcool indentificadas por pesquisadores em um período de seis anos, dois terços estavam entre os indivíduos que viviam sozinhos.
Vários estudos têm cada vez mais mostrado a importância das conexões sociais na promoção da saúde. Nesta pesquisa, os resultados mostram que viver sozinho pode aumentar o risco de abuso do álcool. Por isso, se você mora sozinho, não pode esquecer de tomar cuidado com a bebida.
As sociedades modernas têm enfraquecido as relações sociais, com menos pessoas se casando ou vivendo em grandes famílias. E de acordo com os pesquisadores, nas duas últimas décadas triplicou o número de americanos que dizem não ter confidentes próximos.
Enquanto a solidão é associada a um aumento do risco de morte, poucos estudos têm olhado para causas específicas deste aumento.
Pesquisadores analisaram informações de cerca de 80% das pessoas que morreram na Finlândia entre 2000 e 2007. Causas de morte relacionadas ao álcool, listadas nas certidões de óbito, incluíam doença hepática, intoxicação por álcool e acidentes, assim como a violência que envolve álcool.
Entre 2000 e 2003, os homens que viviam sozinhos tinham 3,7 vezes mais probabilidades de morrer de doença hepática em comparação com homens casados ou que moram junto. Entre 2004 e 2007, esse número quase dobrou. As mulheres que vivem sozinhas também tinham o risco aumentado, mas em menor escala.
Em 2004, uma redução de impostos fez com que o preço do álcool caísse na Finlândia. Além disso, as leis foram alteradas no país, legalizando a importação de quantidades praticamente ilimitadas de álcool de outros países da União Europeia.
O estudo mostrou que quando a disponibilidade de álcool aumentou, o risco de morte relacionado com o álcool também subiu para pessoas que vivem sozinhas. No entanto, o risco para as pessoas casadas e permaneceu quase o mesmo.
Uma razão para esse vínculo pode ser a de que as pessoas solitárias passam a se “automedicar” com uso excessivo de álcool. Além disso, os casais têm um ao outro para controlar seu consumo de álcool. Pessoas que vivem sozinhas não têm essa vantagem.
No entanto, o estudo não mostrou se o abuso de álcool foi a causa ou o efeito de viver sozinho. De qualquer forma, mais estudos são necessários para determinar se as descobertas se aplicam a outros países.
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