Parece que os anos vasculhando florestas tropicais montanhosas, muitas lanternas brilhando pela noite e incontáveis coaxos valeram a pena para uma equipe de cientistas indianos e para o futuro de muitos sapos. A equipe indiana descobriu 12 novas espécies de sapos, além de outras 3 que eram imaginadas como extintas.
Com essa descoberta, surge novamente a esperança de que autoridades voltem suas atenções aos anfíbios da Índia. Em todo o mundo, 32% das espécies conhecidas de anfíbios estão ameaçadas de extinção, principalmente devido à perda de hábitat ou da poluição.
“As rãs são indicadores extremamente importantes não só da mudança climática, mas também de poluentes no meio ambiente”, disse o cientista líder do projeto, o biólogo Sathyabhama Das Biju, da Universidade de Delhi.
Muitas das rãs encontradas são raras e estão vivendo em apenas uma única área. Por isso, elas precisariam de proteção rigorosa aos seus habitats, mas na prática não é exatamente isso o que acontece. “Infelizmente, na Índia, a conservação é focada apenas em dois animais mais carismáticos: o elefante e o tigre. Há pouco interesse com os anfíbios, pouco financiamento e pesquisa de rãs não é fácil”, afirmou Biju.
Sapos noturnos são extremamente difíceis de encontrar, o que dificulta muito o trabalho de pesquisa. Eles saem somente no escuro e durante a estação das monções, vivendo em riachos de correntes rápidas ou no chão de florestas úmidas.
Com essas novas descobertas, o número de rãs conhecidas na Índia passou para 336. Os pesquisadores, entretanto, calculam que isso deve ser apenas metade do que existe na natureza dentro do país. Os pesquisadores lembram que depois de encontrar as espécies, deve haver mais trabalhos para conhecê-las e protegê-las, para então estudar possíveis importâncias clínicas que elas possam nos trazer.
Fonte: MSN
Fonte: MSN
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