O futuro dos jovens desempregados no mundo vai continuar sombrio e até agravar-se, segundo o último estudo da Organização Internacional do Trabalho.
O futuro dos jovens desempregados no mundo, já fortemente afectados pela crise, vai continuar sombrio e até agravar-se, segundo o último estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado hoje.
De acordo com a OIT, "a taxa de desemprego jovem vai ainda agravar-se à escala mundial porque os efeitos da crise do euro estão a propagar-se das economias desenvolvidas para as economias emergentes".
As previsões da organização apontam para que a taxa de desemprego entre os jovens atinja os 12,9% em 2017, mais 0,2 pontos percentuais face aos 12,7% estimados para 2012.
Segundo a OIT, serão os jovens do norte de África e do Médio Oriente os mais atingidos pelo desemprego, cuja taxa deverá atingir os 27,5% e os 26,4%, respetivamente, em 2012, e fixar-se, em 2017, nos 26,7% no Norte de África e nos 28,4% no Médio Oriente.
"Mesmo nos países onde já são notórios sinais precoces de retoma do emprego há numerosos jovens desempregados com dificuldades em encontrar trabalho", sustenta a OIT.
Segundo destaca o principal autor do relatório e responsável pelo departamento de tendências de emprego da OIT, Ekkehard Ernst, "esta situação conduz ao desencorajamento e ao aumento da percentagem de jovens que nem trabalham, nem têm escolaridade, nem estão em formação".
Como solução para retirar os jovens desempregados da precariedade, o especialista defende o recurso a sistemas de garantias de emprego e à prioridade de acordo com o nível de formação, considerando que tal poderá "contribuir para retirar os desempregados da rua e para os integrar em atividades úteis, oferecendo-lhes proteção contra as novas tensões económicas".
Segundo o estudo, estas garantias adicionais aos jovens implicariam encargos reduzidos nos países europeus, estimados em menos de 0,5% do produto interno bruto (PIB).
"Numa altura de restrições orçamentais, esta poderá parecer uma pesada carga adicional, mas será certamente inferior aos custos suplementares resultantes de um afastamento prolongado dos jovens do mercado de trabalho", sublinha o trabalho da OIT.
Fonte: Económico
Fonte: Económico
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