sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Médico inventa dieta “à prova de ataques cardíacos”


Se você acompanha sites científicos há algum tempo, já deve estar até confuso com tantas dicas sobre como viver para evitar problemas no coração. Também não é novidade que a alimentação desempenha um papel crucial nessa prevenção. Mas será que existiria algo como uma “dieta à prova de ataques cardíacos”?

É o que propõe um cientista americano.

Nossa história começa com uma americana chamada Sharon Kintz. Em seus últimos anos antes de entrar na terceira idade, Sharon começou a sofrer dores no peito, mal estar, até que saiu o diagnóstico: para evitar a morte, ela precisaria sofrer uma cirurgia no coração. Nesse momento delicado, conheceu o médico Caldwell Esselstyn, que propôs uma solução alternativa. Ao invés de cirurgia no coração, ele apenas mudou os hábitos alimentares de Sharon. E a cirurgia não aconteceu: Sharon está apostando a própria vida no sucesso da dieta de Esselstyn, que segundo ele é “à prova de ataques cardíacos”.

Esselstyn era um cirurgião comum. Certo dia, por curiosidade, começou a pesquisar a incidência de ataques cardíacos em diferentes populações da Terra, e percebeu que alguns países orientais são praticamente livres desse mal. A resposta está justamente no que eles comem.

A partir de dietas de nativos de áreas remotas de Papua Nova Guiné, fazendeiros do interior da China, habitantes da África Central e indígenas do México, o cirurgião de 77 anos montou uma dieta saudável que ele recomenda a qualquer pessoa.

O americano ensina: ataque cardíaco é uma doença estritamente ligada à alimentação. Não interessa o quanto a medicina avance, o quanto aprimorem remédios e procedimentos cirúrgicos no coração, continuará sendo uma epidemia. A dieta que ele propõe para evitar isso, no entanto, não é nada fácil para o mundo ocidental.

Basicamente, elimine quatro itens do seu cardápio: carne, ovos, manteiga, e qualquer óleo na cozinha. A carne é um dos pontos mais polêmicos. Esselstyn afirma que a cultura alimentar americana aceita carne e ovos devido ao alto grau de proteínas nesses alimentos. Os médicos do país, segundo ele, comem e recomendam carne e ovos porque isso é um traço cultural do Ocidente no qual eles já nasceram inseridos.

O cirurgião é taxativo ao dizer que a carne é dispensável, e faz mais mal do que bem. Embora alguns médicos concordem com sua dieta, ainda não a receitam logo de cara, por considerar a mudança um choque muito grande, e pouco provável de ser seguido à risca por um paciente.

Para deixar registada sua fórmula contra problemas no coração, Esselstyn escreveu um livro. A obra, basicamente, fala sobre a cura a partir de alimentos. O próximo passo, em parceria com outros médicos, é um documentário. Os vegetarianos têm, sob essa teoria, uma vantagem: a dieta do americano é basicamente focada em vegetais.

Fonte: hypescience

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