segunda-feira, 16 de maio de 2011

Protesto: Movimento "É o Povo, Pá!" colocou 25 cartazes em centros de emprego de 23 localidades

Elementos do movimento “É o Povo, Pá!” afixaram hoje 25 cartazes em centros de emprego e formação profissional de 23 localidades do país em protesto contra “as políticas de emprego”.

Em comunicado o movimento, que a 28 de março já tinha afixado cartazes em várias dependências bancárias do Banco Português de Negócios (BPN), refere que esta ação teve por objetivo denunciar a situação de desemprego em Portugal.

O grupo alerta para o fato de Portugal registar ”o mais elevado número de trabalhadores sem emprego de sempre: cerca de 700 mil”, realçando que este é também o momento em que “a ‘troika’ anuncia que o desemprego vai subir ao longo dos próximos anos e que a recessão se instalará pelo menos até 2013”.

“A austeridade negociada pela troika com o PS, PSD e CDS-PP tem implicações diretas na vida de todas as pessoas e, em particular dos desempregados”, realçam também, salientando que “os cortes no valor do subsídio de desemprego e no período a que a ele se tem direito transformam os desempregados cidadãos de segunda”.

O movimento diz que colocou os 25 cartazes onde se lia “Não queremos subsídios, queremos emprego” nos centros de emprego porque estes “simbolizam aquilo que deveria ser o interface público entre o Estado e as pessoas sem emprego”.

O grupo denuncia que atualmente, nos centros de emprego “não se encontram empregos mas sim fiscalizações sucessivas, propostas formativas muitas vezes desajustadas, trabalho gratuito através de contratos de emprego-inserção, e ameaças constantes de cortes nos subsídios”.

Um dos elementos do movimento que hoje esteve no Centro de Emprego de Benfica, em Lisboa explicou que o grupo é constituído por “pessoas desempregadas, precárias, ameaçadas pelo tipo de políticas públicas de emprego”.

O escritor José Luís Peixoto associou-se ao protesto do movimento “É o Povo, Pá!” após convite feito por dois elementos do movimento durante a Feira do livro de Lisboa.

“Este protesto foi levado a cabo por um grupo de pessoas das quais não faço parte. Eu não participei no protesto apenas fui contactado durante a Feira do Livro de Lisboa e fui convidado a comentar o tema do desemprego, não sou responsável pelas suas ações”, salientou.

O escritor José Luís Peixoto disse que concorda em pleno com o que o movimento defende: o combate ao desemprego e a precariedade.

Fonte: Lusa

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