segunda-feira, 16 de maio de 2011

Estás nas suas mãos ter uma boa reforma. Saiba como...

Perguntas e respostas que ajudam a “salvar” e “engordar” a sua reforma. Por exemplo, sabia que se tomar o pequeno-almoço em casa pode poupar até 50 mil euros?

A população está a envelhecer e os novos reformados vão trabalhar e descontar mais, mas ganhar menos. A Renascença falou com um dos autores do livro “Como salvar a minha reforma”, David Almas (que assina a obra com Joaquim Madrinha). Ambos traçam o retrato de uma Segurança Social que vive no “fio da navalha” e lembram uma estimativa da Comissão Europeia, segundo a qual, em 2020, as pensões vão serão equivalentes a 50% do último vencimento.

A reforma deixou de ser um bem garantido? 
A Segurança Social não vai desaparecer por completo, mas as pessoas vão acabar por trabalhar mais e ter pensões mais baixas. Para compensar essa perda de poder de compra, devem pegar nas suas reformas e investir. 

Dizem que os Planos Poupança Reforma (PPR) não são a melhor solução. Porquê? 
Da análise que fizemos a 600 produtos, concluímos que são caros: têm comissões demasiado elevadas e não renderam o suficiente para justificar essas comissões. Na análise que fizemos entre 1990 e 2009, os PPR renderam cerca de 1,5% acima da inflação. Ora, é um valor baixo tendo em conta que produtos de baixo risco - os certificados de aforro, por exemplo, renderam mais. 

Isso quer dizer que as pessoas foram mal aconselhadas? 
A culpa não é só das instituições financeiras – apesar de continuarem a cobrar comissões demasiado altas –, mas é também das pessoas, que não fizeram o estudo devido, já que se trata do seu dinheiro. O último inquérito do Banco de Portugal refere que mais de metade dos inquiridos apenas confia nas recomendações dos funcionários bancários para fazer o seu investimento. 

Os portugueses podem desistir dos seus PPR? 
Com as mudanças legislativas inseridas pelo Orçamento do Estado, os titulares dos PPR podem abandonar os PPR, devolvendo 1% do capital investido ao Fisco. Além disso, podem ter de pagar comissões de reembolsos às sociedades que gerem os produtos. 

Dependendo da idade da pessoa e quanto tempo falta para a reforma, têm duas opções: 
- Se estiverem próximos da reforma, ou mantêm os PPR ou transferem para outros melhores. 
- Em alternativa, podem pedir o reembolso e elegem um produto alternativo que lhes dê mais rendimento no futuro. 

Quais são as melhores alternativas para fazer um bom pé-de-meia? 
Uma combinação entre fundos de investimento – que são instrumentos de investimento colectivo, mas em geral não têm comissões elevadas – com certificados de aforro e de tesouro, que são títulos de dívida pública de fácil acesso e podem ser adquiridos nos correios a partir de montante de 100 euros. 

Antes de decidir por um instrumento financeiro, que deve fazer um aforrador? 
Deve-se informar e ter conhecimento do funcionamento do produto. É fundamental que leia os prospectos do produto e tirar dúvidas. Além disso, deve fazer análise comparativa. Não se deve prender aos produtos que o seu próprio banco comercializa: se existirem outros mais atraentes e que tenham um potencial de rentabilidade mais elevado até à sua reforma, devem ponderar abrir conta noutra instituição. 

Quando é que se deve começar a poupar para reforma? 
Um euro poupado aos 20 anos gera tanto na idade da reforma como dez euros poupados aos 40 anos. Quanto mais cedo começar, menor será o esforço ao longo da vida e mais garantidamente se chega a um complemento de reforma suficiente. 

Como é que se pode poupar de forma eficiente? 
Assim que recebem o seu rendimento, devem dirigir uma parte para a poupança. Há até algumas instituições financeiras que permitem fazer uma poupança automática mensal. Nesta fase mais difícil do país, é possível cortar no supérfluo: nos pacotes de televisão por subscrição ou começar a tomar pequeno-almoço em casa. Neste último, a poupança é de cerca de 50 mil euros ao fim de 30 anos.

Fonte: Renascença/Carla Caixinha

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