Trinta jovens, de bairros problemáticos da Linha de Sintra, invadiram de repente o comboio no Rossio, Lisboa, em direcção a Sintra, pelas 23h00 de anteontem.
Sem bilhete e a maior parte de capuz na cabeça, espalharam o terror entre dezenas de pessoas, que foram obrigadas a correr nas carruagens. O comboio acabou por parar em Benfica – e, na estação, à espera do gang, já estavam vários agentes da PSP, que conseguiram capturar catorze elementos. Foram levados para a esquadra e acabaram colocados em liberdade. Foram apenas identificados.
Ao que o CM apurou, junto de fonte policial, alguns passageiros foram ameaçados de morte e outros de que iriam ser roubados. O pânico foi geral e obrigou os revisores a alertar a PSP sobre a situação.
Na estação de Benfica estava já montada uma operação policial para abordar o grupo de jovens. "A comunicação que a PSP recebeu foi de que havia distúrbios no interior do comboio e que os passageiros estavam desesperados e a querer abandonar as carruagens. Até agora não há registo de que alguém tenha sido efectivamente roubado", disse ao CM fonte oficial da PSP.
A par dos passageiros do comboio também os revisores das carruagens se tornaram alvo das ameaças do gang – que não tinha bilhetes válidos para exibir. Luís Bravo, presidente do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), teme que este ano se repita a violência de 2010 no que toca a roubos e agressões a passageiros e revisores.
"No ano passado foi uma autêntica razia. Todos os dias dos meses de Verão passado tivemos situações de violência no interior dos comboios. Tivemos várias reuniões com o Ministério da Administração Interna a reivindicar um reforço policial. O máximo que conseguimos foi mesmo a presença do Corpo de Intervenção da PSP aos fins-de-semana nas praias e nas estações de comboios. Mas isto não pára e queríamos que os gratificados da PSP fossem também distribuídos nos comboios", disse ontem ao CM o sindicalista.
Fonte: Correio da Manhã
Fonte: Correio da Manhã
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