As ervas-marinhas estão a desaparecer um pouco por todo o mundo. De acordo com uma pesquisa mundial, as espécies mais comuns estão em declínio e 14% em risco de extinção.
As ervas marinhas são as únicas plantas que estão adaptadas ao meio marinho. Formam grandes pradarias que florescem e libertam as suas sementes debaixo de água.
Estas plantas fornecem alimento e habitat para uma grande variedade de espécies incluindo tartarugas, cavalos-marinhos, dugongos e manatins. Também contribuem para a manutenção da robustez dos recifes de corais e mangueais.
Frederick Short, da Universidade de Hampshire nos Estados Unidos, é o director daSeagrassNet, um programa de monitorização internacional de ervas-marinhas que acompanha 114 locais distribuídos pelo mundo.
Segundo este professor, estas plantas já desapareceram de quase todas as linhas de costa junto a aglomerados urbanos devido à poluição, dragagem de areias, sedimentação excessiva provocada pela desflorestação e excesso nutrientes provenientes das águas residuais urbanas e da agricultura.
Para realizar este estudo, Short e a sua equipa convocaram 3 workshops com o objectivo de reunir e analisar toda a informação conhecida sobre as espécies de ervas-marinhas. Esta informação foi posteriormente utilizada na avaliação do risco de extinção relativo a cada espécie. Os resultados foram publicados na revista Biological Conservation.
Das 72 espécies de ervas-marinhas, 10 enfrentam um risco significativo de extinção. “Fiquei surpreendido (…) por descobrir que a biodiversidade de ervas-marinhas estar sobre maior perigo do que pensava”, refere Short. Este cientista alerta que estas plantas não enfrentam apenas uma perda de habitat mas também de diversidade.
O declínio das ervas-marinhas acarreta perigos para todas as outras espécies que dependem directa ou indirectamente delas. “As ervas-marinhas são (…) parte de uma rede de alimento vasto que fornece comida a muitos organismos nas zonas costeiras, incluindo muitas espécies importantes a nível comercial."
Fonte: www.bbc.co.uk
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