Madrid já só consegue aceder aos mercados de dívida de curto-prazo. Incerteza sobre o futuro do euro provoca novo ‘sell-off’ nos mercados.
Na Europa tudo se resume actualmente ao factor "tempo". Enquanto alguns analistas acreditam que é necessário comprar tempo para que as medidas avançadas no último Conselho Europeu sejam colocadas em prática, outros consideram que é apenas uma questão de tempo para que Espanha recorra a um resgate pleno e a Grécia se torne na caixa de Pandora da Europa.
Os mercados navegam à deriva e o receio e a desconfiança dos investidores voltou ontem a ficar bem patente, com uma nova onda de aversão ao risco a varrer todos os activos europeus. Excepção feita à dívida alemã, considerada pelos investidores como o ‘safe heaven' da dívida europeia, e cujas ‘yields' continuam a negociar a valores negativos nas maturidades mais curtas.
O pronúncio de que novas regiões se seguirão a Valência no pedido de ajuda ao Estado espanhol fez disparar ontem as ‘yields' de Espanha para novos máximo históricos. Além disso, a chegada da ‘troika' hoje a Atenas faz temer, mais do que nunca, uma possível saída da Grécia da zona euro. Isto depois de o FMI ter dito no fim-de-semana que deixará de contribuir caso a economia grega continue aquém das metas fixadas. Os principais índices accionistas afundaram entre 1,1% em Madrid e 3,41% em Lisboa. Milão perdeu 2,76% e Frankfurt 3,18%.
Fonte: Económico
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