terça-feira, 10 de maio de 2011

Passos prevê que próximos anos vão ser "duros"

Passos Coelho durante a sua intervenção na Conferência a Europa e a Política Fiscal
Hoje os líderes partidários e outra personalidades reunem-se para debater a Europa e a Política Fiscal, numa conferência organizada pela TSF, DN e Ordem dos Técnicos oficiais de Contas, no Centro Cultural de Belém.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que "os próximos anos vão ser difíceis e duros", sendo que "nalgumas matérias se dará um passo atrás", mas isso para mais adiante se poderem dar "dois passos à frente".

Falando numa conferência sobre fiscalidade e União Europeia, que está a ser organizada no CCB, em Lisboa, pela TSF, DN e Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC), Passos Coelho pretendeu "tornar mais claro" o programa fiscal do seu partido. Segundo disse a recuperação da economia "exige embaratecer os custos do trabalho" e, por isso, a proposta de baixar a contribuição das empresas para a taxa social única.

Passos garantiu no entanto que a acompanhar a proposta de diminuição da TSU pelas empresas haverá "medidas que evitem a apropriação" deste abaixamento "nas margens de lucro das empresas". Segundo o líder do PSD, Teixeira dos Santos chegou a dizer aos sociais-democratas que, embora não podendo levar a cabo esta medida em Portugal, a iria sugerir à OCDE.

Como essa medida "não se financia do ar", o PSD proporá "mexidas nos impostos de consumo". "Sem aumentar as taxas marginais " haverá uma "reestruturação do IVA", disse o líder do PSD, sem no entanto "entrar em detalhe" porque isso ocorrerá "em sede do Orçamento do Estado e com toda a transparência". "Os que acham que é possível um milagre sem sofrer a dor, não estão a dizer a verdade", afirmou.

Passos Coelho prometeu ainda que, "num médio e longo prazo, proporá uma reestruturação das classes de rendimento do IRS, de forma a onerar os escalões mais altos e a desonerar as chamadas classes médias, para preservar a coesão social".

O líder do PSD falou ainda da fiscalidade europeia defendendo uma "evolução para financiamento autónomo [da UE] pelos contribuintes europeus", a ser usado "nomeadamente em gestão de crises". Defendeu também uma "gestão comum da dívida europeia" e ainda "uma gestão coordenada da emissão de dívida" no espaço comunitário.

Fonte: DN.PT

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