terça-feira, 3 de maio de 2011

Alerta: Terroristas ameaçaram com bomba atómica se líder fosse morto, ataque nuclear na mira da al-Qaeda

Ameaça geral. O secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, avisou ontem os 188 países-membros, em que se inclui Portugal, para estarem em "alerta total" em relação "a actos de retaliação da al-Qaeda pela morte do líder" radical islâmico, Osama bin Laden. Era já conhecida a ameaça de um ataque nuclear na Europa – um "inferno nuclear" – se bin Laden viesse a ser capturado ou morto, como agora aconteceu.

Num interrogatório a um dos cabecilhas da organização terrorista, Khalid Sheikh Mohammed, detido na prisão de Guantanamo, surgiu a confissão de que a al-Qaeda poderia estar a esconder uma bomba nuclear numa cidade europeia. Mais: de acordo com um dos telegramas de embaixadas dos Estados Unidos revelados pelo site WikiLeaks, a al-Qaeda estaria próxima de produzir um "11 de Setembro nuclear."

Para além disso, a rede fundamentalista islâmica já teria condições para fabricar bombas biológicas e químicas "funcionais e eficientes", com capacidade para matar milhares de pessoas. Por isso mesmo, ouviram-se ontem vários avisos das autoridades para a manutenção de uma vigilância apertada, a par das manifestações de alegria.

O director da CIA, Leon Panetta, foi um dos que alertou para a vingança terrorista. "Mesmo com bin Laden morto, a al-Qaeda não está", disse Panetta em comunicado oficial. E o director da CIA acrescentou: "É quase certo que os terroristas vão tentar vingar a sua morte, devemos permanecer vigilantes e determinados".

Ontem ainda, a Polícia Judiciária desvalorizava o aviso emitido pela Interpol, mas referia que continuava a manter o nível de "alerta permanente" para qualquer alteração à segurança nacional. Recordava-se que "têm existido outros alertas" - como o que foi emitido no encontro de dirigentes políticos internacionais na base das Lages, antes da invasão do Iraque, em que Portugal foi anfitrião - adiantando-se que "o importante é tranquilizar e não é a primeira vez que os avisos acontecem".

AMERICANOS FESTEJAM "O FIM DE UMA ERA"

Assim que Barack Obama monopolizou os canais televisivos a anunciar a morte de Osama bin Laden, perto da meia-noite local de domingo, milhares de americanos saíram à rua para celebrar aquilo que sonham ser o "fim de uma era".

Em Washington, muitos comemoravam com bandeiras dos EUA, enquanto na Times Square, Nova Iorque, as luzes de néon pareciam brilhar como em noite de fim-de--ano. Na cadeia CBS News o capitão dos bombeiros da cidade, Patrick McLead, afirmava que "todos os seus colegas precisavam de ouvir este desfecho para terem paz".

As demais artérias de Nova Iorque encheram-se de gente mas a festa era no Ground Zero, onde se viam cartazes de ordem espontâneos, lendo-se "Bang, Bang! You're dead". Na manhã de ontem, o dia começou muito mais calmo nas ruas circundantes do Ground Zero e novidade face à noite de domingo era a enorme mobilização policial.

Junto ao Ground Zero, o CM ouviu dois americanos que trabalham no edifício que nasce onde outrora estavam as Torres Gémeas, derrubadas a mando de bin Laden. Mike Kane referiu-nos emocionado ser "um dia bom para o Mundo" e o seu colega, Andy Sullyvan, dizia-nos que " é um novo começo".

CORPOS SÃO ÍCONES HISTÓRICOS

Bin Laden foi morto domingo e o seu corpo foi atirado ao Mar Arábico. É a primeira vez que isso acontece. Só para recordar algumas figuras históricas, basta lembrar Che Guevara, Saddam Hussein e Jonas Savimbi. Guevara foi preso pelos rangers bolivianos em 8 de Outubro de 1967, foi executado no dia seguinte e o seu cadáver exposto ao Mundo para não haver dúvidas. Saddam, líder iraquiano, foi detido em 13 de Dezembro de 2003, condenado à morte e enforcado publicamente três anos depois. Já Jonas Savimbi, líder da UNITA, morreu em combate no dia 22 de Fevereiro de 2002, no Moxico, Angola, e o seu corpo foi de imediato mostrado pelas autoridades de Luanda.




Fonte: Correio da Manhã

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