Órgãos novos para o corpo humano podem não só serem cultivados, mas também montados a partir de células como um quebra-cabeças tridimensional. Isso é feito por impressão em uma bioimpressora.
Ainda há pouco tempo a biofabricação tridimensional parecia um fenômeno da ficção científica. Hoje, os biólogos russos já têm uma visão prática de como usar essa tecnologia, o que é, sem exagero, uma verdadeira revolução na ciência.
Uma impressora especial é atestada com células em vez de tinta. De acordo com o modelo computorizado, num substrato especial, é feita uma impressão em 2D. Depois é feita a impressão camada após camada, e assim é fabricado um órgão tridimensional.
As unidades de impressão numa bioimpressora não são as células individuais, mas sim os esferoides que consistem em conglomerados de células em forma de esferas que são colocadas em hidrogel. Os diferentes tecidos são construídos de esferóides diferentes, cada tipo tem um orifício diferente no cartucho de impressão. Os esferoides não continuam como elementos separados, eles se fundem formando os tecidos do futuro órgão.
Porém, para serem impressos os esferoides primeiro têm de ser criados e essa tarefa é resolvida com a ajuda de aparelhos robóticos. Estes têm diferente configuração e também uma produtividade diferenciada. O atual recorde é de 10 mil esferoides por segundo. Para imprimir um órgão é necessário um desenho computorizado.
Um órgão é uma estrutura complexa de tecidos diferentes que é percorrida por uma rede de vasos sanguíneos. Os biólogos já conseguiram imprimir, com a ajuda dos esferoides, vasos sanguíneos e uma rede ramificada de capilares.
Já falta pouco para a bioimpressão ser experimentada em animais. A etapa seguinte será fazer uma reconstrução computorizada de um rim ou de um fígado.
Segundo as previsões dos especialistas, podemos esperar a fabricação do primeiro órgão funcional até 2030.
Fonte: Voz da Rússia
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