O Chipre acaba de oficializar um pedido de ajuda à UE, tornando-se no quinto país do euro a solicitar assistência financeira.
Depois da Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha, agora foi a vez de o Chipre pedir assistência internacional no sentido de resolver os problemas de financiamento da banca do país.
Embora não haja valores oficiais, uma vez que a negociação do pacote de resgate deverá acontecer nos próximos dias, o montante da ajuda deverá ascender a mais de 10 mil milhões de euros, segundo alguns responsáveis cipriotas.
"O objectivo do pedido de assistência é conter os riscos para a economia cipriota, nomeadamente os riscos decorrentes dos efeitos negativos para sector financeiro, devido à elevada exposição à economia grega", anunciou o Governo em comunicado.
Este era, apesar de tudo, um anúncio já esperado. No início do mês, o ministro das Finanças cipriota revelou que o país vivia uma situação de emergência para recapitalizar os bancos, tendo nessa altura admitido que era uma questão de semanas até formalizar o pedido.
Sob forte pressão de Bruxelas para aceitar ajuda, a Governo cipriota optou então por sondar a Rússia e a China para avaliar possíveis empréstimos ao país que pudessem aliviar as condições do ‘bailout' aos parceiros europeus.
A oficialização do pedido de resgate surge no dia em que a agência Fitch cortou o ‘rating' do Chipre de ‘BBB-‘ para ‘BB+', o primeiro nível da categoria ‘lixo', devido às necessidades de recapitalização da banca cipriota.
Um dos bancos mais problemáticos é o Cyprus Popular Bank. Fortemente afectado pela sua exposição à Grécia, o banco precisa de 1,8 mil milhões de euros (o equivalente a 10% do PIB do país) para cumprir os requisitos das autoridades até final deste mês.
O Chipre entrou na União Europeia em 2004 e tornou-se membro da zona euro em 2008. A 1 de Julho assume a presidência rotativa da União Europeia.
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