sábado, 23 de outubro de 2010

Psicologia da dor

Psicologia da dor

Estratégias usadas pelo psicólogos que ajudam a dominar a dor

A dor assenta na transmissão de impulsos nervosos que são depois mediados por aspectos psicológicos. Apesar de universal, trata-se de uma experiência subjectiva. A forma como a percepcionamos varia individualmente, havendo uma actuação intensa do lado psicológico. 

«Aspectos da área da cognição, do comportamento, das emoções vão mediar a forma como somos capazes, quer de nos confrontarmos com a dor quer de a sentir como mais ou menos intensa», refere Maria do Rosário Bacalhau, psicóloga. Para saber mais sobre como as emoções podem interferir ao nível da dor, clique aqui
Neste contexto, existem diversas estratrégias a nível comportamental e cognitivo que nos podem ajudar a controlar a dor de forma eficaz e que são postas em prática no campo da psicologia. Verifique-as de seguida.

Autoverbalização
Quanto mais positivo for aquilo que dizemos a nós próprios, mais resistência temos à dor. Dizer ou pensar «eu sou capaz de ultrapassar esta situação» é uma preciosa ajuda, dando-nos maior capacidade de ter o controlo da situação.

Planear actividades
A dor pode limitar a participação da pessoa em actividades, o que não só a leva a ter sentimentos de desespero como afecta a sua auto-suficiência. A programação de actividades exequíveis, de forma progressiva, é um estímulo à sua auto-estima e à sensação de que domina a sua própria vida. 

Abstracção
O envolvimento em actividades que dêem prazer, ajudam a descentralizar do problema. O objectivo é que se focalize a atenção numa situação que não a dor, relegando-a para segundo plano. Esta estratégia não só permite aumentar a tolerância à dor como diminuir a sua intensidade. Ler, ver televisão ou ouvir música são algumas alternativas.

Relaxamento
Quanto menos ansioso e tenso se estiver menor é a dor que se sente. Isto pode ser conseguido através de técnicas de relaxamento muscular ou imagéticas. Na primeira, com respiração lenta e rítmica, vai-se relaxando um grupo muscular de cada vez até atingir o relaxamento global. Na segunda imagina-se uma situação em que se está mais tenso e depois vai-se reduzindo progressivamente a tensão, diminuindo a ansiedade e consequentemente a dor. 

Registo da dor
É importante, nomeadamente para quem é mais pessimista. Existem escalas de dor que os indivíduos seguem para fazer registos diários da sua intensidade que são depois convertidos em gráficos pelo psicólogo que o acompanha, permitindo avaliar a evolução feita pelo doente e demonstrar-lhe, com dados concretos, que a sua situação, de facto, melhorou. E logo trabalhar e alterar percepções e sentimentos equívocos.


Texto: Nazaré Tocha com Maria do Rosário Bacalhau (psicóloga)
A responsabilidade editorial desta informação é da revista

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