quarta-feira, 3 de abril de 2013

Coreia do Norte manda para casa vizinhos do Sul

Trabalhadores sul-coreanos foram hoje impedidos de entrar no complexo industrial de Kaesong, do outro lado da fronteira
É mais um sinal da tensão entre as duas Coreias. A do Norte impediu hoje os seus vizinhos do Sul de acederam ao complexo industrial de Kaesong, o único elo de ligação entre os dois países.

A Coreia do Norte impediu hoje a entrada de cidadãos sul-coreanos ao complexo industrial de Kaesong, localizado no seu território. A Coreia do Sul já garantiu que, se for necessário, garantirá através de uma intervenção militar a seguranças dos seus cidadãos no único projeto conjunto entre os dois países.

"Preparámos um plano de contingência que inclui uma possível ação militar, caso haja uma situação grave", afirmou o ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Kwan-Jin, durante uma reunião dos membros do partido conservador.

Segundo a agência Reuters, que cita fonte oficial, os cerca de 800 trabalhadores sul-coreanos que pernoitaram no complexo não serão impedidos de regressar a casa.

Inaugurado em agosto de 2000, como forma de cooperação entre os dois países desavindos, estão instaladas em Kaesong 123 empresas, muitas das quais são propriedade de empresários sul-coreanos.

Entre as centenas de trabalhadores que foram impedidos entrar no complexo, dominava a sensação de que Kaesong será definitivamente encerrado.

"A confiança entre a Coreia do Norte e do Sul está a desmoronar-se. Acabaremos por ter de assumir os prejuízos", disse à Reuters um empresário sul-coreano, dono de uma fábrica de pronto a vestir onde trabalham 600 norte-coreanos que recebem, em média, 130 dólares (100 euros) por mês.

Um outro empresário contou à Reuters que desde que a Coreia do Norte declarou guerra ao vizinho do sul, que os trabalhadores norte-coreanos têm uma atitude pouco amigável. 

As 123 empresas sul-coreanas pagam, anualmente, mais de 80 milhões de dólares (cerca de 62,3 milhões de euros) em salários aos trabalhadores do complexo e permite um encaixe, segundo a Coreia do Sul, de dois mil milhões de dólares (1.6 mil milhões de euros) por ano a Pyonyang.

Fonte: Jornal Expresso

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