terça-feira, 13 de julho de 2010

Sexo como isco para assalto e homicídio


Duas mulheres e um homem foram detidos pela Polícia Judiciária, suspeitos pelo sequestro e homicídio de um comerciante, a 29 de Abril, no sítio da Varjota, no concelho de Loulé. As detidas terão aliciado a vítima com promessas de sexo, acabando depois, já com a ajuda do cúmplice, por amarrar e amordaçar a vítima dentro da própria casa. O comerciante acabou por morrer asfixiado.José Grosso, de 58 anos, terá conhecido as duas mulheres, de 29 e 35 anos, através da internet. Acabou por combinar um jantar com as duas e encontraram-se em Faro, de onde foram para a casa do comerciante, em Varjota. O terceiro elemento do grupo, um homem de 40 anos, vigiou o encontro de perto e seguiu-os até à residência da vítima, ao lado da qual José Grosso tinha uma pequena mercearia.

Depois de atacarem a vítima, no interior da casa, "roubaram um cofre com cerca de 6500 euros em dinheiro, um fio em ouro, dois telemóveis e cartões de crédito", refere a Polícia Judiciária em comunicado emitido ontem. Ao abandonarem o local, levaram ainda a viatura de José Grosso, que abandonaram mais tarde na área de Quarteira.

José Grosso tinha sido visto, pela última vez, na tarde de 29 de Abril, dia em que confidenciou a alguns vizinhos que tinha um jantar combinado. Pelas 22h30, ainda enviou um sms ao padeiro de Varjota, a encomendar pão para o dia seguinte. Em seguida, o telemóvel foi desligado e mais ninguém soube do homem até ser encontrado morto, dentro da própria casa, dois dias depois. Estava amarrado com lençóis nos braços e pernas e tinha um lenço a tapar-lhe a boca, preso com fita adesiva à volta da cabeça.

Conforme o CM noticiou na altura, as suspeitas de que por detrás do crime poderia estar um encontro marcado através da internet surgiram de imediato. Até porque os amigos do comerciante relataram que este "estava todos os dias no computador e sempre a falar com mulheres".

A Polícia Judiciária, que tomou conta da ocorrência, estava a tentar encontrar as duas mulheres com quem a vítima se tinha encontrado. Até porque existiam imagens de videovigilância de ambas. Mas acabaram por ser desavenças dentro do grupo de criminosos que levaram à resolução do caso.

PORMENORES

IMAGENS

A Judiciária já tinha imagens das câmaras de vigilância de um centro comercial onde José Grosso se encontrou com as duas suspeitas, à entrada de Faro.

PROCURADO

O terceiro suspeito, agora detido, também surge nas imagens, a rondar e vigiar o local, e era igualmente procurado pela Polícia Judiciária.

DESAVENÇAS RESOLVEM CASO

O caso acabou por ser resolvido quando o homem suspeito de ter participado no sequestro e homicídio se entregou à Polícia Judiciária de Setúbal, localidade onde estaria a residir, apurou o CM junto de fonte policial. O suspeito acabou por confessar o crime e denunciar as duas cúmplices, o que conduziu à detenção das mulheres.

Ainda de acordo com a mesma fonte, uma das suspeitas andaria a exigir dinheiro ao homem numa suposta chantagem, cujos contornos não foram divulgados. Os três foram presentes, no sábado, ao Tribunal de Loulé, comarca onde o crime foi cometido. E depois do primeiro interrogatório judicial, às mulheres foram aplicadas as medidas de coacçãos de prisão preventiva até ao julgamento, enquanto o homem ficou sujeito à medida de apresentações periódicas às autoridades e proibição de se ausentar de Portugal até ser julgado.

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