A administração de uma proteína existente em humanos e em ratos reverteu o envelhecimento de ratinhos de laboratório, afectando positivamente diversos orgãos do seu corpo, incluindo o coração e o cérebro. Pretende-se iniciar ensaios clínicos com humanos nos próximos 3-5 anos.
Investigadores da Universidade de Harvard, EUA, conseguiram reverter o processo de envelhecimento de ratos, através da administração de uma proteína designada por GDF11 em ratos com uma idade comparável a 70 anos humanos. Esta proteína, que existe igualmente no corpo humano, está presente em densidades mais elevadas no sangue dos animais jovens.
Num conjunto de experiências descritas em artigos publicados na revista Science, os cientistas verificaram que a injeção desta proteína nos animais mais velhos não só foi capaz de regenerar o músculo cardíaco como afetou positivamente diferentes orgãos e tipos de células, incluindo o cérebro, reparando DNA danificado pelo envelhecimento.
Os investigadores creem que esta proteína afeta igualmente o processo de envelhecimento nos humanos e pretendem iniciar ensaios clínicos com pessoas nos próximos 3 a 5 anos. Se o seu efeito em humanos for comparável ao verificado nos ratos, medicamentos derivados desta proteína poderão vir a ser utilizados na mitigação de doenças degenerativas (como a doença de Alzheimer) e poderão eventualmente contribuir para uma maior longevidade e melhor qualidade de vida à medida que a idade avança.
Fonte: Universidade de Harvard
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