«Não desperdice o seu dinheiro.» É desta forma que a DECO dá o alerta para as pulseiras holográficas.
A empresa da Power Balance de Espanha foi multada no mês de Novembro em 15 mil euros por fraude e publicidade enganosa. Mas em Portugal já se venderam mais de 20 mil pulseiras e, apesar de estudos comprovarem que a pulseira não faz qualquer efeito no corpo humano, as compras continuam.Falámos com uma psicóloga que recomenda o uso do acessório. Para a profissional de saúde o importante é que as pessoas se sintam bem.
Mas as pulseiras “milagrosas” que nos fazem sentir melhor não são de agora. Nos anos 80 surgiram as pulseiras Tucson que curavam o reumático, a fadiga e a dor de cabeça. As pulseiras do equilíbrio prometem força, energia e flexibilidade.
De várias cores e de tamanho único, fazendo bem ou mal, a verdade é que só usa quem quer. Mas, se não faz nada, então porque é que tantas pessoas usam?
As respostas que obtivemos foram que é «fashion». Mas também encontrámos uma pessoa que jura a pés juntos que desde que colocou a pulseira começou a sentir-se «melhor».
Cristiano Ronaldo é talvez o nome que mais se ouve quando se fala na pulseira do equilíbrio. Mas não é o único, vários desportistas também são adeptos deste acessório. Tirando os desportistas, temos sempre a Bibá Pitta…
Famosos publicitaram o suposto equilíbrio
Cristiano Ronaldo é talvez o nome que mais se ouve quando se fala na pulseira do equilíbrio. O jogador de futebol do Real Madrid começou a aparecer nos treinos a usar o acessório e rapidamente as câmaras fotográficas captaram o objecto.
O jogador do Real Madrid apareceu nos treinos, conferências de imprensa e até mesmo em jogos com a pulseira do equilíbrioComo o jogador é notícia apenas por ser quem é, todos os pormenores são imediatamente citados pela comunicação social. Se falamos em Cristiano Ronaldo, vende. Seja o que for que se diga.
Basta fazer uma pesquisa no Google para encontrar várias fotos do jogador português a usar a pulseira. Nos treinos, em conferências de imprensa e até mesmo a comemorar um golo.
David Beckham, Shaquille O'Neal (basquetebolista dos Boston Celtics), Robert De Niro, Rubens Barichello ou Sara Carbonero (namorada de Iker Casillas) são outros dos nomes que deram publicidade à pulseira. De tal forma que a empresa Power Balance de Espanha, desde 2009, arrecadou cerca de 10 milhões de euros em vendas.
Por cá, já foram vendidas mais de 20 mil pulseiras desde Dezembro de 2009. Celebridades como Bibá Pitta ou Ruben Amorim também contribuíram para lançar a moda. Se eles usam, mesmo que não faça nada, as pessoas também vão querer usar apenas porque está na moda.
Na Volta a Portugal, que decorreu em Agosto deste ano, muitos ciclistas usaram a pulseira do equilíbrio, como foi constatado pelos jornalistas da RTP.
Os surfistas são outros desportistas apontados como os que mais utilizam a pulseira. Um facto é que a marca Power Balance patrocina agora campeonatos de surf.
Estudos já provaram a ineficácia da pulseira no corpo humano, mas quem a usa, já não a vai tirar. O acessório tornou-se assim um objecto de moda, até chegar a próxima febre.
Cristiano Ronaldo é talvez o nome que mais se ouve quando se fala na pulseira do equilíbrio. O jogador de futebol do Real Madrid começou a aparecer nos treinos a usar o acessório e rapidamente as câmaras fotográficas captaram o objecto.
O jogador do Real Madrid apareceu nos treinos, conferências de imprensa e até mesmo em jogos com a pulseira do equilíbrioComo o jogador é notícia apenas por ser quem é, todos os pormenores são imediatamente citados pela comunicação social. Se falamos em Cristiano Ronaldo, vende. Seja o que for que se diga.
Basta fazer uma pesquisa no Google para encontrar várias fotos do jogador português a usar a pulseira. Nos treinos, em conferências de imprensa e até mesmo a comemorar um golo.
David Beckham, Shaquille O'Neal (basquetebolista dos Boston Celtics), Robert De Niro, Rubens Barichello ou Sara Carbonero (namorada de Iker Casillas) são outros dos nomes que deram publicidade à pulseira. De tal forma que a empresa Power Balance de Espanha, desde 2009, arrecadou cerca de 10 milhões de euros em vendas.
Por cá, já foram vendidas mais de 20 mil pulseiras desde Dezembro de 2009. Celebridades como Bibá Pitta ou Ruben Amorim também contribuíram para lançar a moda. Se eles usam, mesmo que não faça nada, as pessoas também vão querer usar apenas porque está na moda.
Na Volta a Portugal, que decorreu em Agosto deste ano, muitos ciclistas usaram a pulseira do equilíbrio, como foi constatado pelos jornalistas da RTP.
Os surfistas são outros desportistas apontados como os que mais utilizam a pulseira. Um facto é que a marca Power Balance patrocina agora campeonatos de surf.
Estudos já provaram a ineficácia da pulseira no corpo humano, mas quem a usa, já não a vai tirar. O acessório tornou-se assim um objecto de moda, até chegar a próxima febre.
Tucson: a pulseira milagrosa dos anos 80
A mais recente pulseira milagrosa que fez furor em todo o lado foi a pulseira do equilíbrio, promovida por marcas como a Power Balance, Power Body e Infinite. A promessa de um bem-estar físico e psicológico fez com que toda a gente gostasse de ter uma.
António Sala promoveu a pulseira Tucson na Rádio RenascençaMas as pulseiras que nos fazem sentir melhor não são de agora. Nos anos 80 surgiram as pulseiras Tucson, vendidas em farmácias, e que tinham como finalidade curar o reumático, a fadiga e a dor de cabeça.
No caso das pulseiras do equilíbrio, supostamente desenvolvida por um cientista da NASA, consistem num holograma que contém informação quântica, uma frequência que vai reequilibrar a nossa energia, permitindo um maior fluxo sanguíneo, força, equilíbrio e flexibilidade.
Ambas as pulseiras tiveram direito a anúncios nos meios de difusão. Actualmente, a empresa Power Balance usa as televendas nos canais de televisão, antes era António Sala que promovia a Tucson na Rádio Renascença.
Até agora, não ficou comprovado cientificamente que essas pulseiras melhorassem de alguma forma a saúde de quem as usou. No caso da pulseira do equilíbrio, um estudo realizado em Maio do corrente ano pela Faculdade de Ciências da Actividade Física e de Desporto da Universidade Politécnica de Madrid, com 79 voluntários, provou que as pulseiras Power Balance não têm qualquer efeito sobre o nosso equilíbrio.
A explicação para tantas pessoas acreditarem nos benefícios deste objecto pode ser explicada com o efeito placebo. Se usarmos certas substâncias ou amuletos e acreditarmos que nos faz bem, podemos mesmo ter resultados positivos. A isso se chama efeito placebo.
A mais recente pulseira milagrosa que fez furor em todo o lado foi a pulseira do equilíbrio, promovida por marcas como a Power Balance, Power Body e Infinite. A promessa de um bem-estar físico e psicológico fez com que toda a gente gostasse de ter uma.
António Sala promoveu a pulseira Tucson na Rádio RenascençaMas as pulseiras que nos fazem sentir melhor não são de agora. Nos anos 80 surgiram as pulseiras Tucson, vendidas em farmácias, e que tinham como finalidade curar o reumático, a fadiga e a dor de cabeça.
No caso das pulseiras do equilíbrio, supostamente desenvolvida por um cientista da NASA, consistem num holograma que contém informação quântica, uma frequência que vai reequilibrar a nossa energia, permitindo um maior fluxo sanguíneo, força, equilíbrio e flexibilidade.
Ambas as pulseiras tiveram direito a anúncios nos meios de difusão. Actualmente, a empresa Power Balance usa as televendas nos canais de televisão, antes era António Sala que promovia a Tucson na Rádio Renascença.
Até agora, não ficou comprovado cientificamente que essas pulseiras melhorassem de alguma forma a saúde de quem as usou. No caso da pulseira do equilíbrio, um estudo realizado em Maio do corrente ano pela Faculdade de Ciências da Actividade Física e de Desporto da Universidade Politécnica de Madrid, com 79 voluntários, provou que as pulseiras Power Balance não têm qualquer efeito sobre o nosso equilíbrio.
A explicação para tantas pessoas acreditarem nos benefícios deste objecto pode ser explicada com o efeito placebo. Se usarmos certas substâncias ou amuletos e acreditarmos que nos faz bem, podemos mesmo ter resultados positivos. A isso se chama efeito placebo.
Críticas, elogios e… multas!
«Não desperdice o seu dinheiro.» A Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores é muito clara no artigo publicado em Outubro. A Deco alerta para aquilo que considera como «“produtos milagrosos” sem fundamento científico credível.»
Na loja dos chineses estas pulseiras custam 3,50 eurosA DECO foi mais longe no artigo publicado em Outubro de 2010 e recomenda vivamente que «não desperdice 40 euros em algo que não funciona». Esta foi a crítica.
Passando de imediato para os elogios, entrevistámos algumas pessoas que usam a pulseira diariamente. A maior parte referiu que não sentiu mudanças para melhor a nível físico e mental, mas continua a usar a pulseira por uma questão de moda.
No entanto, encontrámos Isabel Viana, de 37 anos, que se sente bem com a pulseira. A secretária usa o acessório há uns meses e desabafou que «desde que começou a usá-la, sentiu-se melhor». Obviamente por isso, não vai deixar de usar o adorno.
No dia 17 de Novembro de 2010 chegou a notícia de que a empresa que comercializa as pulseiras Power Balance em Espanha foi processada pela Junta da Andaluzia por publicidade enganosa.
No final de Abril, a Associação dos Consumidores de Espanha, Facua, denunciou o caso das pulseiras ao Ministério da Saúde, que encaminhou a reclamação para a Delegação Provincial da Saúde de Málaga.
Sete meses depois, o caso chega a uma conclusão: a sanção de 15 mil euros à empresa que vende as pulseiras.
Após retirar do mercado todas as pulseiras, a Junta da Andaluzia multa agora quem ainda as vende, considerando "uma fraude em detrimento de outra. A multa pode chegar aos 400 mil euros se alguém infringir a lei".
É de esperar que outros países tomem o mesmo tipo de decisões e apliquem multas a empresas que apenas pretendem enganar os consumidores.
«Não desperdice o seu dinheiro.» A Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores é muito clara no artigo publicado em Outubro. A Deco alerta para aquilo que considera como «“produtos milagrosos” sem fundamento científico credível.»
Na loja dos chineses estas pulseiras custam 3,50 eurosA DECO foi mais longe no artigo publicado em Outubro de 2010 e recomenda vivamente que «não desperdice 40 euros em algo que não funciona». Esta foi a crítica.
Passando de imediato para os elogios, entrevistámos algumas pessoas que usam a pulseira diariamente. A maior parte referiu que não sentiu mudanças para melhor a nível físico e mental, mas continua a usar a pulseira por uma questão de moda.
No entanto, encontrámos Isabel Viana, de 37 anos, que se sente bem com a pulseira. A secretária usa o acessório há uns meses e desabafou que «desde que começou a usá-la, sentiu-se melhor». Obviamente por isso, não vai deixar de usar o adorno.
No dia 17 de Novembro de 2010 chegou a notícia de que a empresa que comercializa as pulseiras Power Balance em Espanha foi processada pela Junta da Andaluzia por publicidade enganosa.
No final de Abril, a Associação dos Consumidores de Espanha, Facua, denunciou o caso das pulseiras ao Ministério da Saúde, que encaminhou a reclamação para a Delegação Provincial da Saúde de Málaga.
Sete meses depois, o caso chega a uma conclusão: a sanção de 15 mil euros à empresa que vende as pulseiras.
Após retirar do mercado todas as pulseiras, a Junta da Andaluzia multa agora quem ainda as vende, considerando "uma fraude em detrimento de outra. A multa pode chegar aos 400 mil euros se alguém infringir a lei".
É de esperar que outros países tomem o mesmo tipo de decisões e apliquem multas a empresas que apenas pretendem enganar os consumidores.
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