quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Perceba o que provoca o suor e aprenda a controlá-lo

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Suor sob controlo

O suor é uma reacção física que, em si, não tem qualquer odor, mas se deixar que permaneça muito tempo na pele dá carta branca às bactérias para que o decomponham, emanando um característico aroma.

Tanto a cosmética como a medicina actuais oferecem métodos específicos para combatê-lo.
O excesso de suor é um conceito algo subjectivo. De acordo com a dermatologista Vera Monteiro Torres, «existem muitas variações individuais mais ou menos marcadas e o que é considerado normal para uns é olhado como excessivo, ou mesmo intolerável, para outros».
Contudo, antes de declarar guerra aberta ao suor, há que reconhecer-lhe o devido valor. O suor desempenha um papel de termoregulação absolutamente indispensável, já que é essa fina camada de água que permite ao corpo arrefecer sempre que a temperatura (interior ou exterior) se eleva.
Infelizmente, o suor não deixa, por isso, de ser incómodo, sobretudo quando é excessivo e/ou se lhe associa o factor mau cheiro. A culpa, contudo, não é dele. Na realidade, «a transpiração em si não tem qualquer odor. O mau cheiro é proveniente da decomposição bacteriana das gorduras da pele», explica Vera Monteiro Torres, dermatologista.
E apesar de o estigma odorífico pairar indiscriminadamente sobre toda a transpiração, a verdade é que «o suor que causa maus cheiros é o das virilhas e axilas», refere a dermatologista. A restante transpiração é inofensiva em termos olfactivos.
O que provoca o suor?
Todos os seres humanos nascem com glândulas sudoríparas, que são as responsáveis pelo suor corporal, e alcançam a sua máxima actividade aos 14 anos. Estas são as causadoras do suor e o seu número total é fixo em cada indivíduo. Estima-se que existam entre dois e quatro milhões distribuídas por todo o corpo.
Existem dois tipos de glândulas, as ecrinas e as apocrinas. Cada um segrega um tipo de suor diferente. As glândulas ecrinas localizam-se na palma das mãos, na planta dos pés, no rosto e no peito.
O seu suor está associado a estímulos térmicos (mudanças de temperatura) e não desempenha um papel directo na formação dos odores, ainda que humedeça estas zonas, favorecendo a proliferação de bactérias.
O suor apocrino responde a estímulos térmicos e emocionais, desenvolvendo-se depois da puberdade, e localiza-se nas axilas, em redor do mamilo, abdómen e região púbica. É, para além disso, o causador do mau odor corporal, já que produz abundante flora bacteriana que se encarrega de decompor o suor.
Soluções
Ainda que o suor não tenha idade, a sua máxima actividade atinge-se na puberdade e diminui com a velhice. A nível estritamente físico e ambiental, pode ser controlado se:
  • Beber muita água, pelo menos dois litros por dia, já que um bom aporte de fluidos garante um óptimo funcionamento renal e um suor ligeiro e inodoro.
  • Comer alimentos naturais, ricos em fibra e água (fruta, verduras…).
  • Evitar refeições picantes ou muito condimentadas.
  • Aliar-se à cosmética. No mercado encontra desde produtos desodorizantes com propriedades bactericidas que limitam a proliferação de bactérias, evitan do e prevenindo o mau odor, até antitranspirantes, que contraem os poros da pele, limitando, assim, a segregação de odor (os mais eficazes são os que contêm sais de alumínio). 
  • Mantiver uma boa higiene corporal. Tome banho diariamente com água morna (tanto a água quente como a fria favorecem a transpiração)
  • Vestir roupa arejada de algodão; as fibras sintéticas são impermeáveis e não deixam a pele respirar. E tenha sempre roupa disponível para mudar-se durante o dia, sobretudo roupa interior e meias
  • Mantiver o seu ambiente de trabalho bem ventilado (a temperatura ideal ronda os 20 graus)
  • Reduzir o stress, tensão e ansiedade, na medida do possível. O stress e as emoções fortes estimulam a transpiração
Se, no seu caso, o recurso a cosméticos e as estratégias apontadas não são o suficiente para controlar os níveis suor clique aqui

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