O Universo vai expandir-se para sempre e transformar-se num espaço infinito, frio e sem vida, avança um estudo publicado esta quinta-feira.
A hipótese é considerada como provável pelos cientistas autores do estudo, que será tema da próxima edição da revista Nature.
Um trabalho liderado pela NASA conseguiu estimar a quantidade de energia negra no cosmos: 75 por cento.
O estudo agora divulgado consistiu em tentar medir essa energia invisível, responsável pela expansão do Universo, e estimar a distribuição que tem no espaço.
Para isso, os cientistas recorreram a uma espécie de lupa astronómica, uma lente galáctica composta por um enorme conjunto de galáxias conhecido como “Abell 1689”.
Os autores usaram a forma como a luz de estrelas distantes é distorcida por essa concentração de galáxias para estimarem a quantidade de energia negra existente no Universo. Isto porque a concentração de corpos celestes obriga a luz a curvar-se, permitindo ver o que se passa atrás deles.
O percurso da luz também é afectado pela distância a que está o objecto observado e pela distribuição de energia negra.
Os astrónomos calcularam as duas primeiras variáveis, usando o telescópio hubble, o que lhes permitiu estimar o terceiro factor, a tal distribuição da energia negra.
É com essa estimativa nas mãos que os cientistas afirmam neste estudo, divulgado na BBC, que o Universo vai continuar a expandir-se para sempre, transformando-se num espaço infinito, sem vida e muito frio, com temperaturas próximas daquilo a que a ciência chama o “zero absoluto”, o limite mínimo de temperatura do Universo, ou seja, cerca de 270 graus celsius negativos.
Hugo Neutel
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