É a tragédia dos tempos contemporâneos: gestores e economistas políticos encontraram um paraíso na crise que se vive. Aqueles sórdidos sonhos de despedimentos livres e nenhum Estado Social têm assim excelentes mensageiros e oportunidades para vingarem.
E tudo será pior se os juristas enfiarem a viola no saco e ficarem calados, cúmplices.
Para Passos Coelho, o modelo laboral da nossa legislação é a China.
Para Passos, em cada português há um chinês.
Para Passos, o cidadão deve ser um tipo que desdenha a Consituição, um tipo que adora ter o chicote no lombo, que detesta Direitos e "entoira" deveres.
Passos Coelho propõe suprimir a proibição dos despedimentos sem justa causa da nossa Constituição. Dando de barato que nunca manuseou o Código do Trabalho, sequer para limpar o protegido traseiro, assim apresenta-se a dar ordens ao país.
Um Kennedy de Trás-os-Montes sem ideias próprias, seduzível pelas glórias da História Pátria, na sombra de Salazar e de Cavaco...
E pensar que este senhor, que ora anda a dar lições de tudo a toda a gente, nunca fez nada de vísivel na vida, para além de parasitar na jota e beneficiar da protecção laboral do Ângelo Correia após ter cursado economia, aos 36 anos.
O futuro do país descansa nos ombros de um Homem cujo percurso de vida é uuma contradição com aquilo que lhe pretende impôr.
Numa casa sem pão, suspeito que os colaboracionistas do costume, afim de manterem a pele livre de toda a incomodidade e a protecção política que desde sempre usufruiram, exaltem e bem representem esta nova moda new age.
O Expresso e a Sic Notícias estão pejados destes novos "SS", que à ordem do "mata-mata" do general, já eles cantam "esfola-esfola".
O país merece engolir toda a trampa de mais de 30 anos de alternância política do PS e do PSD, pois não aprendeu nada, elegendo os mesmos para o bussiness as usual. Aqui, como no Irão, não há sociedade civil.
Estas propostas de revisão seriam o bastante para pôr o país na rua e Passos Coelho num pelourinho. Mas, dando fé às sondagens, ainda vai ter uma maioria absoluta.
A incultura e a falta de bom senso vão vitimar, novamente, o país.
O último a sair que apague a luz.
"Zé do Telhado"
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