domingo, 11 de julho de 2010

Cuidado com o consumo de sal


O maior problema do sal está no sódio, presente também em muitos produtos industrializados. Saiba as conseqüências do consumo exagerado de sal e alguns truques para evitá-lo.

Há muito tempo ouvimos os médicos dizerem que reduzir a ingestão de sal previne doenças do coração, principalmente a pressão alta (hipertensão). Na maioria dos casos de hipertensão, somente a redução do sal na comida não é suficiente, mas que ajuda, ajuda.

Qual o problema do sal?
O sal de mesa é também conhecido como cloreto de sódio e o problema está no sódio e não no cloreto. Sabe-se que o sal de mesa tem 40% de sódio, mas ele está presente também em vários produtos industrializados que consumimos diariamente, como pães, queijos, cereais, bolachas, enlatados, etc.

Por que o sal faz mal para quem tem pressão alta?
A elevada ingestão de cloreto de sódio (sal de cozinha) faz o organismo reter mais líquidos e aumentar de volume, podendo levar ao aumento da pressão sangüínea e causar a hipertensão, responsável por infarto e acidente vascular cerebral. O consumo excessivo de sal pode também afetar os rins.


O sódio retém líquido?
Nosso organismo utiliza uma série de recursos para manter o equilíbrio dos líquidos do corpo. Quando os níveis de sódio ficam altos no sangue, ocorre a liberação de alguns hormônios resultando na retenção de líquidos. Esse efeito pode aumentar o volume de sangue circulante e sobrecarregar o coração, elevando a pressão arterial. Pessoas que sofrem de hipertensão se beneficiam claramente da redução da ingestão de sal e sódio. Bons hábitos alimentares também auxiliam no controle da pressão arterial, como ingerir mais fibras e menos alimentos ricos em gordura animal saturada. Alimentos ricos em cálcio também contribuem para o bom controle da pressão arterial.


Quanto devemos ingerir?
Não devemos consumir mais do que 1.800 mg a 2.300 mg de sódio por dia. Muitos substitutos do sal contêm potássio no lugar do sódio e podem ser utilizados por quem tem pressão alta, melhorando o sabor da comida. Porém, vale lembrar que se uma pessoa faz uso de medicamentos para pressão ou é portador de doença renal, deve antes consultar um médico, pois o excesso de potássio pode levar a arritmias cardíacas.

Como diminuir a ingestão de sódio?


Fatos importantes
Com o passar dos anos, o organismo diminui sua capacidade de eliminação de sódio. Portanto, pessoas mais idosas devem redobrar seus cuidados em adoção ao sal e sódio. Esse fato, associado à menor elasticidade dos vasos sangüíneos com a idade, pode aumentar as chances de infarto e derrame. Outro ponto interessante e útil é que o excesso de sal pode piorar os sintomas da tensão pré-menstrual (TPM).
Alguns alimentos e seu teor de sódio:

pizza (1 fatia) - 640 mg

suco de tomate (180 ml) - 660 mg

batata frita (30 g) - 175 mg

pão branco (2 fatias) - 250 mg

bolachas salgadas (30 g) - 430 mg


Como diminuir a ingestão de sódio?


Não adicionar sal na comida, antes de experimentá-la.

Usar especiarias, ervas aromáticas, alho, cebola, mostarda.

Reduzir a ingestão de alimentos processados e preferir os naturais, como verduras e frutas, que têm menos de 10 mg de sódio por porção. Uma porção de carne, peixe e frango tem por volta de 100 mg de sódio. Mas quem não gosta de um belo churrasco com sal grosso? De acordo com o que vimos aqui, somente de vez em quando e sem exagero.
Diminuir o sal nas preparações não é sinônimo de comida sem gosto. Para isto, as ervas são excelentes aliadas, pois são aromáticas e saborosas. Basta variar as ervas adicionadas como: estragão, orégano, sálvia, alecrim, tomilho, manjericão, salsinha e cebolinha.
Como evitar o consumo excessivo de sal
Além de não exagerar no sal no preparo dos alimentos, é preciso cuidado com os alimentos industrializados (até os doces, balas, bolos e biscoitos) que incluem esse tempero de forma camuflada. O melhor é conferir a composição na embalagem e preferir alimentos e temperos naturais.

o Não acrescente sal aos alimentos já prontos.
o Nunca tenha um saleiro à mesa.
o Evite conservas e enlatados como picles, azeitona, aspargo, patês e palmito.
o Prefira alimentos frescos em vez dos processados.
o Evite o aditivo glutamato monossódico utilizado em alguns condimentos e nas sopas pré-preparadas.
o Dê preferência ao queijo branco ou ricota sem sal a outros tipos de queijo.
o Evite salgadinhos para aperitivo com adição de sal, como batata frita, amendoim e tantos outros.
o Evite embutidos (lingüiça, salsicha, mortadela, presunto, salame).
o Substitutos do sal ou sal diet podem ser úteis para algumas pessoas, mas só devem ser consumidos sob orientação médica ou de nutricionistas.

O sal sempre acompanhou o desenvolvimento da humanidade e durante muito tempo foi considerado um precioso condimento para preservação de alimentos. São inúmeros os registros da importância do sal ao longo de toda a história, sendo muitas vezes referenciado como ouro branco.
Tanto a produção como a utilização do sal são encontradas em ilustrações e escritos que datam do início da civilização. Os gregos e os romanos utilizavam o sal como moeda em suas operações de compra e venda e com este produto eram pagos os soldados romanos (a palavra "salário" deriva de sal).

Por muitos séculos o sal foi considerado artigo de luxo e só os mais abastados tinham acesso a tal produto. A ordem de importância dos comensais em um banquete era indicada em relação à distância do saleiro: quanto mais próximos dele, mais ilustres os convidados.

Principais tipos de sal
Existem dois tipos básicos de sal: o marinho e o de rocha (sal-gema). O sal marinho é extraído pela evaporação da água do mar e o de rocha, retirado de minas subterrâneas resultantes de lagos e mares antigos que secaram. Do ponto de vista químico não há nada de especial para um tipo de sal ser mais caro que outros. Em seu estado puro consiste de cloreto de sódio e é abundante na natureza. Já na forma física existem diferenças, principalmente na granulação. Em alguns casos, são adicionadas substâncias ou temperos ao sal para uso culinário. Conheça cada um deles:

Sal de cozinha, de mesa ou refinado
É o mais comum e o mais usado no preparo de alimentos. De acordo com as leis brasileiras, o sal de cozinha deve ser acrescido de iodo para se evitar o bócio.

Sal marinho
Há diversos tipos de sal marinho, dependendo de sua procedência, e a cor de seus cristais pode variar. Bastante usado na cozinha macrobiótica, pode ser colocado num moedor e moído na hora.

Sal grosso
Produto não refinado apresentado na forma que sai da salina. Em culinária é usado em churrasco, assados de forno (confira a receita do Vermelho no Sal Grosso abaixo) e peixes curtidos.

Sal light
É um produto com reduzido teor de sódio, fruto da mistura de partes iguais de cloreto de sódio e cloreto de potássio. Ideal para pessoas com dietas restritivas ao sal.

Sal kosher
Sal com cristais grossos e irregulares podendo ser extraído de mina ou do mar, desde que sob supervisão de rabinos. Como sua granulação é mais grossa, é preferido pelos chefes de cozinha, pois adere com maior facilidade à superfície de carnes.

Sal de Guérande
Considerado o melhor do mundo, esse sal tem produção artesanal. Extraído na cidade de Guérande, região da Bretanha, França, é um condimento caro. A versão especial desse sal é a chamada "fleur du sel", ainda mais rara.

Sal defumado
Tem sabor e aroma peculiares que dão toque especial às preparações.

Sal de aipo
Sal de mesa misturado com grãos de aipo secos e moídos. É utilizado para dar sabor aos grelhados de peixe ou de carnes e em caldos e consommés. Pode ser usado para temperar o suco de tomate e outros coquetéis de legumes.

Gersal
É muito utilizado na cozinha macrobiótica. Trata-se do sal misturado com sementes de gergelim tostadas e amassadas.

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