segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Renato Seabra confessou homicídio e gritou "já não sou gay"


Seabra confessou homicídio e gritou "já não sou gay"

Renato Seabra confessou à polícia de Nova Iorque que matou Carlos Castro para se "ver livre de demónios, ver livre de vírus". Está acusado de homicídio em segundo grau. O modelo contou que agrediu o cronista durante mais de uma hora antes de o castrar com um saca-rolhas.


Os investigadores não têm a certeza qual o sentido da expressão "livre de vírus", mas acreditam não se tratar de HIV, mas sim das opções sexuais dos protagonistas. "Já não sou gay", terá dito Seabra aos polícias, segundo fontes citadas pelo New York Post, na ala psiquiátrica do Bellevue Hospital onde foi internado depois de ter feito cortes nos pulsos, numa aparente tentativa de suicídio.
Castro e Seabra estavam de férias em Nova Iorque, alojados no InterContinental Hotel, e previa-se que regressassem apenas a 15 de Janeiro. Mas ambos terão tido uma forte discussão no quarto de hotel antes da tragédia, durante a qual o modelo terá dito ao cronista que não é homossexual e que só namorava com Castro pelo seu dinheiro e influência no mundo da alta sociedade.
Seabra, acusado de homicídio em segundo grau, confessou aos investigadores que agrediu, pontapeou e esmurrou Castro durante mais de uma hora. Depois bateu-lhe com um monitor de um computador (declarada a causa da morte) e agarrou num saca-rolhas, espetando-o num dos olhos do cronista antes de o castrar com o mesmo instrumento.

Carlos e Renato tinham 44 anos de diferença. Professor universitário defende que a discrepância promove "dificuldades".
Não são comuns os casais que têm tanta diferença de idade, como no caso de Carlos Castro, com 65 anos, e Renato Seara, com 21. O professor de Psicologia Forense da Universidade do Minho, Rui Abrunhosa Gonçalves, adianta "que há um lapso de duas gerações" que pode "promover dificuldades típicas de convívio". E garante que é, por isso, que "as relações, sejam hetero ou homossexuais, devem respeitar determinadas diferenças de idades que não se devem estender para lá dos 15 a 20 anos."
Este especialista ressalva, porém, que está ainda por apurar se se trata de um casal ou não. Se assim for, a diferença - neste caso de de 44 anos entre o cronista social e o manequim - "pode criar problemas e estabelecem-se muitas divergências, quer ao nível dos comportamentos, dos valores, dos interesses, das crenças e dos padrões socioculturais". Sempre que se verifica este lapso nas idades, este psicólogo forense avança que "se trata de uma relação desequilibrada", havendo "um risco acrescido para que a coisas não corram bem" e que "as situações sejam potencialmente mais complicadas de gerir".
A tornar-se claro o assassínio no seio da relação, o psicólogo criminal Carlos Poiares lembra que "os crimes de violência doméstica não existem só em casais heterossexuais. Acontecem também em casais homossexuais", teoria que Rui Abrunhosa Gonçalves também defende.
As autoridades norte-americanos - acredita o psicólogo criminal Carlos Poiares - vão tentar perceber se o crime perpetrado em Nova Iorque "foi premeditado ou reactivo". Quanto à mutilação de Carlos Castro, Poiares adianta que "pode ter um lado simbólico". Acrescenta que "há alguma metáfora que terá de ser interpretada com aquilo que o suspeito verbalizar no seu discurso". Rui Abrunhosa Gonçalves recorda que "este tipo de situações ocorrem quando alguém pretende deixar uma mensagem, ou então pode explicar o controlo do agressor ou algum tipo de vingança."

Carlos Castro revelou a amigos ter medo de Renato

"Ando com medo de dormir com o Renato. Está a agir como um louco", confidenciou Wanda Pires, uma amiga do cronista social, ao "Correio da manhã".


De acordo com Wanda Pires, Renato Seabra, o modelo de 20 anos que é suspeito da morte de Carlos Castro, tinha mudado de atitude e tinha comportamentos estranhos. Esta confissão tinha-lhe sido feita na véspera da tragédia pelo próprio Carlos Castro.
Outro amigo do cronista contou ao "Correio da Manhã" que Carlos Castro estava muito assustado com o regresso a Portugal pois Renato Seabra teria a intenção de contar aos pais que mantinha uma relação amorosa com o jornalista.


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