As fortes chuvas que atingiram hoje, quarta-feira, o Estado do Rio de Janeiro causaram pelo menos 237 mortos. As cidades mais afectadas são Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis. Equipas de salvamento tentam resgatar os desaparecidos nos deslizamentos.
Entre os desaparecidos estão quatro bombeiros. Morreram quando tentavam resgatar as vítimas no município de Nova Friburgo, cerca de 160 km a nordeste da capital do Estado. A área mais atingida é Teresópolis, que fica a cerca de 100 quilómetros a norte do Rio de Janeiro. Nesta região, a tempestade já ceifou 122 vidas e obrigou cerca de mil pessoas a abandonar as casas. Há vários bairros isolados e a cidade está sem luz eléctrica. A situação é de tal maneira caótica que o presidente da Câmara reuniu-se com os seus vereadores à luz das velas.
"Esta é a maior catástrofe na história da cidade", disse Jorge Mário Sedlacek, em entrevista a uma estação de TV local da Globo.
As chuvas também estão a afectar gravemente a cidade de Nova Friburgo e de Petrópolis - a maior cidade da região, com mais de 300 mil habitantes. Um rio transbordou e as inundações levaram casas e carros. "Vivo aqui há 25 anos e nunca vi nada como isto", disse ao jornal "Folha de S. Paulo" Manoel Sobrinho. A maioria das pessoas salvou-se subindo às árvores.
A tragédia do Rio de Janeiro ocorre dois dias após a ocorrida em São Paulo, onde morreram pelo menos 14 pessoas.
Perto de 900 pessoas estão a trabalhar nas operações de resgate, tendo o Governo regional pedido a ajuda de todos os helicópteros, incluindo os da Polícia Civil e Militar, com o objectivo de transportar as equipas de bombeiros para as áreas mais afectadas.
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