O solo lunar é mais rico do que pensam os geólogos, pois contém uma variedade de elementos químicos úteis como a prata, o hidrogénio e o mercúrio, revelam as mais recentes conclusões de um projeto da NASA.
A agência espacial norte-americana lançou um engenho de 2,3 toneladas na cratera Cabeus, perto do Polo Sul da Lua, que foi seguido de perto pela sonda LCROSS.
A sonda analisou os materiais projetados pelo embate do engenho, que causou um buraco de 20 a 30 metros de diâmetro na superfície lunar.
Lua provida de um ciclo de água
Em comunicado, a NASA refere que "o solo lunar é rico em materiais úteis e que a Lua é quimicamente ativa e provida de um ciclo de água". Já em novembro, a agência anunciara a deteção de quantidades importantes de água gelada.
As mais recentes análises a fragmentos e poeiras demonstram que o solo lunar contém não só água quase pura, sob a forma de cristais de gelo em certos locais, mas também hidróxido, monóxido de carbono, dióxido de carbono, metano, amoníaco, sódio, prata, hidrogénio e mercúrio.
"A cratera parece um tesouro de elementos químicos", salienta o geólogo Peter Schultz, principal autor de uma das seis comunicações sobre a descoberta que são publicadas na edição de hoje da revista Science.
A maior parte dos elementos resulta do bombardeamento incessante da Lua por cometas e meteoritos, desde há milhares de anos.
A toxicidade do mercúrio, detetado em grandes quantidades, pode agora, no entanto, ser um problema para a exploração humana na Lua, segundo os cientistas.
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