sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Revelações inéditas de Jackie Kennedy

Revelações inéditas de Jackie Kennedy
Oito horas de entrevistas gravadas por Jacqueline Kennedy meses depois do assassinato de John F. Kennedy foram divulgadas, esta quarta-feira, pela primeira vez, num livro com revelações surpreendentes sobre líderes políticos como Martin Luther King e Indira Ghandi.

"O Jack disse-me uma vez: "Ó, meu Deus, imagina o que aconteceria ao nosso país se o Lyndon fosse presidente!" - revelou a viúva do antigo presidente dos Estados Unidos da América, assassinado em 1963, referindo-se ao então vice-presidente dos EUA, Lyndon Johnson. O receio de JFK acabaria por concretizar-se logo após a sua morte, por assassinato, em 1963, em Dallas.

Estas e outras confissões foram gravadas, ao longo de oito horas, por Jackie Kennedy, meses após o homicídio de JFK. A primeira dama aceitou fazer aquelas revelações sob a condição de que só seriam divulgadas muito depois da sua morte, em 1994. As entrevistas aconteceram em sua casa, com Arthur Schlesinger, assessor da Casa Branca, historiador e amigo pessoal de JFK.

Segundo o livro "Jacqueline Kennedy: Historic conversations on life with John F. Kennedy", publicado esta quarta-feira, a primeira dama revelou que o marido não confiava no seu vice-presidente, nem sequer lhe reconhecia competência.

A escolha de Lyndon Johnson para a segunda figura mais importante do Governo norte-americano foi algo que JFK teve que aceitar por motivos de ordem política. Segundo as cassetes agora reveladas, era necessária a presença de um político do Sul do país na Casa Branca.

Martin Luther King, "um homem terrível"

O célebre defensor dos Direitos Humanos Martin Luther King é também um dos visados no livro. "Um homem terrível", disse Jackie Kennedy, citando o seu cunhado, Robert Kennedy.

No dia do funeral de JFK, "o senhor King gozou o cardeal Cushing e [Robert] disse que ele estava embriagado. Não conseguia ver uma fotografia de Martin Luther King em que não estivesse a beber. Aquele homem era terrível" - confessou Jackie Kennedy.

Já o presidente francês Charles de Gaulle foi descrito como um "egocêntrico" e "despeitado". E Indira Ghandi, então futura primeira-ministra indiana, era "uma mulher amargurada, um pouco agressiva e horrível", comentava JFK com a sua mulher.

Winston Churchill, que chegou a ser primeiro-ministro do Reino Unido por dois mandatos, foi "uma desilusão". Idolatrado por JFK ao longo de anos, o presidente dos EUA acabaria por conhecê-lo na fase final da sua vida, pelo que encontrou um "homem já muito ga-ga".

"Tive pena do Jack naquela noite, porque ele tinha finalmente conhecido o seu herói, mas já foi demasiado tarde", disse a primeira-dama.

Jacqueline Kennedy contou que o seu marido costumava brincar com as ameaças de assassinato que sofreu, sobretudo aquando da crise dos mísseis cubanos, em 1962. Ao contrário das mulheres de todos os políticos e generais, Jackie não quis abandonar o marido.

"Mesmo que não haja espaço no abrigo anti-bombas da Casa Branca, eu só quero ficar contigo e morrer contigo. E as crianças também".

Fonte: Jornal de Notícias

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