segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sócrates Demitiu-se

José Sócrates demite-se da liderança do PS
Primeiro ministro cessante assume derrota nas eleições e diz que não vai ocupar qualquer cargo político nos tempos mais próximos.

José Sócrates está a reagir aos resultados das eleições. Começou por dizer que "hoje como sempre acredita em Portugal e no seu futuro". Saúda o PSD, já tendo ligado a Pedro Passos Coelho e pediu aos socialistas para o acompanharem no cumprimento democrático a quem venceu as eleições.

Deseja ao líder do PSD a sabedoria, a coragem e o sentido de justiça para liderar o País. Sócrates mostra-se disponível para ajudar, dizendo que "os votos do partido socialista encontra-se ao serviço de Portugal". "Provará uma vez mais que na oposição pode contribuir para ajudar Portugal. O PS perdeu as eleições, mas teve um resultado que dignifica o seu papel na história da democracia em Portugal", afirmou.

"Esta derrota eleitoral é minha e assumo a responsabilidade. Abro um novo ciclo político para preparar uma alternativa consistente para voltar a dirigir Portugal. Assumo mais uma etapa de 23 anos das mais diversas funções políticas", disse Sócrates, que irá pedir a Almeida Santos para organizar um novo congresso.

"Não cometi o erro de fugir ou de virar a cara às dificuldades. Ocorrem-me algumas coisas que podia ter feito melhor. Mas não me ocorre nada que os socialistas pudessem ter feito mais e melhor do que poderiam ter feito ao serviço de Portugal. Ao longo destes seis anos o PS deu tudo o que tinha, honrando as suas responsabilidades", realçou.

"Podemos ter perdido hoje, mas não podemos recear o julgamento da história. Fizemos juntos um longo caminho. Não sei que mais podíamos ter feito para ganhar estas eleições. O PS fez uma grande campanha, forte. O PS travou por todo o País um combate pelas suas ideias."

Sócrates agradeceu a todos os que votaram no PS, a todos os que trabalharam com ele nos últimos anos e, em especial, à sua família. "Termino este mandato com serenidade interior, de alguém que fez o melhor. Não levo nem ressentimentos nem amarguras, pois não são essas as companhias que quero para os dias felizes que me esperam. Quero terminar dizendo que nesta noite o meu coração está preenchido, não há outro sentimento que não seja o amor ao meu País", concluiu.

Em resposta a uma pergunta de um jornalista, garante que a sua vida não vai ser pública, pois vai dedicar-se à sua pessoal. "Encaro a minha vida política com tranquilidade, mas olho para frente com a enorme vontade de ser feliz nos próximos anos. Não tenciono ocupar nenhum cargo político nos próximos anos."

Sócrates continua a responder às perguntas de jornalistas e diz que não vai perder um minuto a olhar para o passado e que os políticos "devem é olhar para o futuro", não comentando o resultado das eleições.

Diz não conseguir responder à questão sobre um possível aceleramento dos processos judiciais em que o seu nome se viu envolvido, afirmando apenas que acredita na separação do poder político e judicial.

Fonte: DN.PT

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